Lucros históricos e entrada da BlackRock reacendem otimismo com ações da Itaúsa

A Itaúsa (ITSA4) encerrou 2024 com um desempenho que reacendeu o entusiasmo do mercado: um lucro líquido de R$ 14,8 bilhões e distribuição de R$ 9,6 bilhões em proventos. Além disso, a entrada da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, como acionista relevante reforçou a confiança dos investidores no potencial da holding.

Resultado financeiro histórico

A holding encerrou o ano com um crescimento de 9,7% no lucro líquido em relação a 2023. O lucro líquido recorrente, que exclui efeitos extraordinários como o desinvestimento na XP Inc., saltou 21,5%. A receita recorde refletiu o desempenho expressivo do Itaú Unibanco, que responde por cerca de 37% do portfólio da Itaúsa e contribuiu com R$ 36,1 bilhões em lucro em 2024 — uma alta de 24%.

Além do banco, a companhia possui participações relevantes em Alpargatas, Dexco, Copa Energia, Aegea, NTS e CCR, o que garante diversificação setorial e resiliência em momentos de instabilidade econômica.

Desempenho das ações e desconto de mercado

Apesar dos resultados positivos, as ações da ITSA4 fecharam 2024 com queda de 11%, criando uma “discrepância favorável”, segundo analistas: lucros em alta e cotações em baixa. Esse cenário indica potencial de valorização, especialmente considerando que o valor de mercado da companhia, estimado em R$ 95,3 bilhões, está 24,5% abaixo do valor patrimonial do portfólio, que soma R$ 126,2 bilhões.

Participação da BlackRock e confiança institucional

Em abril de 2025, a Itaúsa anunciou que a BlackRock passou a deter 5,07% das ações preferenciais da companhia. A gestora deixou claro que a aquisição é exclusivamente para fins de investimento, sem interesse em participar da administração.

Essa entrada de peso fortalece a imagem da holding no mercado e pode impulsionar a liquidez e o interesse institucional nas ações, além de reforçar o movimento de recuperação dos papéis no médio prazo.

Endividamento controlado e espaço para mais dividendos

A Itaúsa apresenta uma dívida líquida considerada baixa, com alavancagem de apenas 0,8% e nenhuma amortização de principal prevista até 2028. Esse cenário dá margem para maior geração de caixa e, consequentemente, ampliação no pagamento de dividendos nos próximos anos.

Dividendos crescentes e potencial de retorno

Em 2024, o dividend yield (DY) da companhia atingiu 10,8%, um dos mais altos do mercado. A projeção para 2025 é de um lucro líquido de R$ 17,3 bilhões com um payout estimado em 45%, o que poderia gerar um dividendo por ação (DPA) de R$ 0,75. Com base nessa expectativa, o preço teto das ações seria:

  • R$ 18,86 para DY de 4%

  • R$ 12,57 para DY de 6%

  • R$ 9,43 para DY de 8%

  • R$ 7,54 para DY de 10%

Com as ações atualmente cotadas a R$ 9,40, o mercado enxerga margem para valorização, principalmente considerando os fundamentos e a distribuição recorrente de proventos.

Avaliação técnica: tendência de alta?

A análise gráfica indica que a ITSA4 formou um pivô de alta no médio prazo, com suporte relevante em R$ 8,74. A perda desse patamar poderia sinalizar uma reversão, mas, no cenário atual, a expectativa é de continuidade da valorização, impulsionada por fundamentos sólidos e apetite institucional.

ITSA3 ou ITSA4: qual a melhor escolha?

Ambas as ações oferecem tag along de 80%, mas ITSA4 apresenta maior liquidez e melhores indicadores, o que a torna mais atrativa para operações sofisticadas como aluguel de ações e dividendos sintéticos. Além disso, a preferência de grandes investidores, como a própria BlackRock, reforça a atratividade da ITSA4.

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