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De acordo com a consultora da FIA e coordenadora operacional do projeto ESG, María del Carmen Chude, a iniciativa melhora a eficiência operacional, reduz desperdícios, evita retrabalhos e aumenta a produtividade. “Por isso, a Codeba decide fazer, neste momento, um estudo diagnóstico sobre suas próprias práticas de gestão e as competências de seus colaboradores, mapeando os pontos-chave que lhe permitirão internalizar os princípios ESG na cultura, das estratégias às operações”, afirma. “Para nós, ESG não é um resultado, é um processo que começa na companhia para ir além dela, para toda a sociedade.”A FIA também analisará os processos financeiros e de gestão tributária da Codeba, buscando aprimorar a eficiência e a transparência. “A análise em relação à gestão tributária e financeira une-se à Educação Corporativa ESG para tornar processos mais eficientes”, explica Maria del Carmen. “O trabalho contempla a elaboração de estudos diagnósticos para viabilizar a implementação de estratégias que promovam a internalização dos princípios do modelo de gestão ESG, promovendo aprimoramento de competências internas e elevando os padrões de desempenho ambiental, social e de governança da companhia.”
Reunião entre representantes da Codeba e Fundação Carlos Alberto Vanzolini
| Foto: Divulgação
Nesse sentido, a FIA deve atuar no mapeamento das competências dos colaboradores, no aprimoramento dos processos financeiros e tributários e na proposição de estratégias educacionais para comunidades do entorno. Tudo sob uma perspectiva participativa e colaborativa. “Todo trabalhador pode fazer contribuições significativas, porque sua percepção lança focos de luz diferentes, dependendo do local do qual se está falando”, afirma a coordenadora.A escuta ativa e os mecanismos de participação efetiva serão estruturados para garantir que as críticas e sugestões dos colaboradores sejam incorporadas ao plano de ação. Segundo a consultora, “o projeto ESG na Autoridade Portuária Codeba tem encontrado as pessoas muito abertas e disponíveis a colaborar, a participar de modo fluido nas pesquisas, nos grupos focais e entrevistas”.Parceria busca introduzir o conceito de Porto 4.0Já com a FCAV, a parceria busca introduzir o conceito de “Porto 4.0” à Codeba, integrando tecnologias avançadas e práticas sustentáveis à operação portuária. O projeto inclui a implementação de sistemas de monitoramento de navios (VTS), gestão eletrônica de documentos, uso de energia solar, gestão inteligente de resíduos e modernização da infraestrutura de segurança.O coordenador da FCAV, Caio Fontana, observa que os desafios e oportunidades do projeto passam pela integração do conceito “Porto 4.0” com as diretrizes ESG na Codeba. “Isto representa um grande desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade estratégica para modernizar a infraestrutura portuária da região, exigindo o enfrentamento de obstáculos técnicos e culturais significativos”, avalia.De acordo com ele, a FCAV também desenvolverá um sistema integrado de gestão (ERP), promoverá a digitalização dos processos e estabelecerá políticas de compliance robustas, incluindo canais de denúncia anônima e proteção a whistleblowers (denunciante, informante), para garantir uma governança ética e transparente.Fontana explica, ainda, que a política de compliance da Codeba deve prever um canal de denúncias anônimo e independente, operado por empresa terceirizada ou ferramenta digital segura, acessível a funcionários, parceiros e usuários do porto; a garantia de sigilo absoluto da identidade do denunciante, mesmo quando identificado; uma política clara de não retaliação, protegendo o denunciante contra punições, demissões, transferências ou assédio, e a divulgação interna e capacitação sobre o uso correto do canal de denúncia.“O planejamento estratégico recomenda a implementação de práticas anticorrupção por meio de auditorias internas independentes e contínuas, baseadas em riscos, integradas ao compliance e com relatórios transparentes e com envolvimento dos órgãos fiscalizadores”, enfatiza Fontana.O coordenador acrescenta que será recomendada a adoção de medidas internas como: criação de comitê de ética e integridade e critérios técnicos e impessoais para nomeação, licitação e parcerias, além de capacitação contínua de todos os envolvidos.Para a Codeba, essas iniciativas, em parceria com a FIA e a FCAV, visam não apenas a modernizar a infraestrutura portuária, mas também a promover o desenvolvimento sustentável das comunidades do entorno. Em comunicado, a diretoria da autoridade portuária destaca que “a formalização dessas parcerias é um marco para a Codeba” e que a companhia está “construindo, com base sólida e científica, um futuro mais eficiente, inclusivo e sustentável para os portos da Bahia”.