Governador admite carência de leitos na saúde e anuncia hospital em Campinas


Tarcísio de Freitas informou que já está em contato com o prefeito Dário Saadi para tratar do assunto e intenção é contratar a obra ainda neste ano. Tarcísio de Freitas entrega moradias e promete hospital em visita a Santa Bárbara D’Oeste
O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reconheceu a carência de leitos na saúde da região de e prometeu a construção de um novo hospital em Campinas (SP).
O anúncio foi feito durante visita dele a Santa Bárbara d’Oeste (SP), nesta sexta-feira (30), para entrega de moradias.
“A gente precisa de um hospital para atender a Região Metropolitana de Campinas (RMC), estamos convencidos disso. Existe uma carência de leitos importante. A gente vai fazer um hospital semelhante ao que foi feito em Barueri (SP), mais ou menos o mesmo projeto. Esse hospital a gente está negociando com o Dário [Saadi, prefeito de Campinas], deve ficar na área do [hospital] Mário Gatti. E em breve a gente vai anunciar. Então, a gente deve já passar para a próxima etapa, que aí a gente já tem o projeto, já vai ter a área e a nossa ideia é contratar esse ano ainda”, afirmou Tarcísio.
O governador não deu mais detalhes, como a estrutura de atendimento da unidade e previsão de prazo para que entre em operação.
Tarcísio durante coletiva em Santa Bárbara d’Oeste
Wesley Almeida/ EPTV
Superlotação recente
Neste mês, o Hospital da PUC-Campinas voltou a registrar superlotação no Pronto-Socorro Adulto, destinado a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). No dia 21 de maio, de acordo com a unidade, há 83 pacientes internados, todos de alta complexidade.
Essa foi a segunda vez, em menos de duas semanas, que a unidade registrou o maior índice de lotação no ano. Em 8 de maio o cenário era o mesmo: havia 63 pacientes internados em áreas adaptadas. A capacidade é de 20 leitos.
“Já enviamos documentação solicitando apoio necessário à Prefeitura de Campinas por meio da Secretaria de Saúde em conjunto a DR7 (Secretaria Estadual São Paulo)”, disse a unidade em nota, na ocasião.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Campinas informou que está em constante negociação para a ampliação de leitos, e que está acompanhando negociação do Estado com a Casa de Saúde para ampliação de leitos SUS.
A pasta também solicitou que a a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) de São Paulo reduza os encaminhamentos de pacientes de outras cidades da região para Campinas – veja a nota na íntegra abaixo:
Após superlotação, Hospital da PUC orienta que pacientes busquem outras instituições
Nota da Secretaria de Saúde de Campinas na ocasião:
“A Secretaria de Saúde de Campinas está em constante negociação para a ampliação de leitos na cidade. Além disso, destaca que está acompanhando as negociações do Estado com a Casa de Saúde para a ampliação de leitos SUS para desafogar os Prontos Socorros e também tem reivindicado ao governo de São Paulo a implantação do Hospital Metropolitano. Além disso, aguarda a reabertura de 36 leitos de enfermaria adulto no Hospital de Clínicas da Unicamp, fechados desde setembro do ano passado.
A Pasta monitora de forma contínua a ocupação dos leitos e encaminhamentos de pacientes na cidade por meio do Sistema de Regulação do Estado de São Paulo (Siresp).
A secretaria solicitou, neste momento, em razão da medida anunciada pelo Hospital da PUC, que a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) de São Paulo reduza os encaminhamentos de pacientes de outras cidades da região para Campinas.
As ocupações nos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde são dinâmicas e mudam a todo momento, pois a rotatividade de leitos é alta. Em média, 30 pacientes têm alta e outros 30 são internados em cada unidade diariamente. A ocupação está entre 95 e 100%, mas nenhum paciente deixa de ser atendido, uma vez que as unidades trabalham no sistema “porta aberta”. A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar orienta que os pacientes com demandas de baixa complexidade procurem por centros de saúde ou unidades de pronto atendimento (UPAs) para otimizar os atendimentos nos hospitais.
Em 2021, Campinas tinha 885 leitos, se forem considerados todos os tipos de estruturas disponíveis por meio de convênios da Saúde com hospitais privados e na Rede Mário Gatti. Atualmente a cidade conta com 938 leitos no SUS Municipal. Há ainda outros 84 nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e o total ultrapassa a marca de 1 mil estruturas se incluídas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Além disso, 800 pacientes são atendidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD).”
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