O reconhecimento do Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação, por parte da Organização Mundial de Saúde Animal, representa uma vitória a ser comemorada pelo país com a proporção de sua inequívoca grandeza.Vai além de uma grande conquista: é também uma demonstração de o quanto somos fortes, e nos tornamos imbatíveis quando o entrosamento da sociedade civil com os poderes públicos não deixa margem para erro.A 92ª sessão geral da Assembleia Mundial de Delegados da entidade, voltada para os cuidados zoológicos, ratificou o novo status conforme já havia consignado o belo tento o governo federal há exatamente um ano.O encontro realizado em Paris contou com a presença da linha de frente titular da campanha invicta, tendo na liderança o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins.Ressaltou o dirigente o significado da certificação, reforçando o compromisso do setor agropecuário e produtores rurais com a sanidade dos rebanhos, derivando para a maior confiabilidade no mercado.O planejamento de ações bem executadas, cada etapa a seu tempo, resultou da capacidade humana de pensar – e pensar bem –, convergindo esforços para a estratégia exitosa da retirada gradual do imunizante.Neste processo, foi preciso conceder prioridade ao valor segurança, no passo a passo, sem exceder em ansiedade, cumprindo-se requisitos mínimos exigidos por gabaritos validados cientificamente.Não ocorreu o trâmite de um dia para o outro, ao invés, a corrida até a linha de chegada consumiu longos 10 anos de paciência e constantes estudos a fim de verificar, sem hesitação: o vírus não teve revanche.Fica para a história a máxima “quem faz o destino é a gente”, cada qual atuando em sua posição, embora aos pecuaristas caibam os louros de protagonistas.Do desdobramento imediato da nova ilíada não se diz pouco nem pequeno: a disputa em condições de igualdade com Estados Unidos, Austrália e União Europeia.
Febre de conquistas
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