Analistas veem Vale barata e Azul em turbulência; confira os destaques da semana na B3

A companhia aérea Azul (AZUL4) entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, buscando reestruturar dívidas após sucessivas perdas. O Bradesco BBI rebaixou a recomendação de “compra” para “venda”, cortando o preço-alvo de R$ 1,30 para apenas R$ 0,50, uma queda de mais de 60%. Analistas alertam para forte diluição dos atuais acionistas caso a conversão de dívidas em ações avance.

O que pesa contra a empresa?

  • Possível emissão de ações para levantar até US$ 1,6 bilhão

  • Risco operacional elevado em meio a demanda volátil por passagens

  • Concorrência acirrada e câmbio desfavorável que pressiona custos

Vale segue “de graça” na visão do Safra

O Banco Safra reduziu o preço-alvo da Vale (VALE3) para R$ 68, mas mesmo assim projeta upside de 25% frente às cotações atuais. Segundo o relatório, a mineradora negocia com desconto em relação às pares globais, devendo garantir yields de 12% a.a. até 2027, impulsionados por recompras de ações em vez de dividendos extras.

  • Minério de ferro: oferta global contida por projetos caros e demorados

  • Diversificação: níquel e cobre devem compensar parte da demanda chinesa mais fraca

  • Capex flexível: investimentos de US$ 5,9 bi/ano podem ser ajustados se o cenário piorar

Curi ganha elevação de preço-alvo na XP

A incorporadora Curi (CURI3) já valorizou +76% em 2025, mas a XP Investimentos elevou o preço-alvo de R$ 28 para R$ 37, indicando potencial de alta de 26%. Os analistas citam:

  • Lançamento de 26 mil unidades este ano, com VGV de R$ 2,5 bi

  • Margens resilientes mesmo com custos de mão de obra maiores

  • Impulso da nova faixa 4 do Minha Casa Minha Vida (renda até R$ 12 mil)

Eletrobras ainda tem fôlego, diz Bank of America

O BofA manteve recomendação de compra para Eletrobras (ELET3/ELET6) apesar de cortar os preços-alvo para R$ 60 (PN) e R$ 53 (ON). A equipe destaca:

  • Reestruturação com corte de custos e negócios mais enxutos

  • Solução do imbróglio com o governo desde 2023

  • Tendência de alta no preço da energia, positiva para receitas futuras

Itaú volta ao radar como “queridinho” de dividendos

A Empiricus Research incluiu Itaú (ITUB4) entre as 10 ações favoritas do mês, citando:

  1. Maior rentabilidade entre grandes bancos, mesmo com fintechs no páreo

  2. Distribuição esperada de 50–60% do lucro em dividendos nos próximos 12 meses

  3. JCP anunciado de R$ 0,33 por ação, com base de corte em 9 de junho e pagamento em 29 de agosto

O Money Pix desta semana mostra que o investidor encontra oportunidades tanto em blue chips descontadas, como Vale, quanto em apostas de crescimento, caso de Curi. Já Azul pede cautela máxima até o fim da turbulência. Para quem busca renda estável, Itaú se destaca como opção defensiva, enquanto Eletrobras surge como história de reestruturação a ser monitorada.

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