Funcionário de um pet shop de Belo Horizonte, um homem de 27 anos foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por maus-tratos contra uma cadela que morreu em fevereiro deste ano. A cachorrinha Zoe, da raça Spitz Alemão, faleceu após sofrer agressões do tosador.
O caso passou a ser investigado depois que a tutora do animal, Flávia Conrradi, procurou a Delegacia Especializada em Investigação de Crime Contra a Fauna para relatar o ocorrido.
De acordo com as investigações, a vítima foi levada ao pet shop, localizado no bairro Lourdes, região Cntro-Sul de BH, para banho e tosa, ocasião em que teria sido agredida pelo funcionário com tapas e com um objeto metálico, possivelmente uma tesoura, o que provocou um ferimento na cabeça e trauma crânio-encefálico.
Ao todo, cinco pessoas foram ouvidas durante a apuração – a tutora, quatro testemunhas e o investigado. O suspeito negou as agressões, mas as testemunhas confirmaram a versão apresentada pela vítima.
O inquérito policial, com mais de cem páginas, foi finalizado e remetido à Justiça, com indiciamento do suspeito.
Relembre o caso
A situação causou revolta entre moradores da capitalm mineira. Ao BHAZ, a tutura disse que levou Zoe e outra cachorrinha para um banho na empresa PetJet, com horário marcado para às 11h. No início da tarde, estranhando a demora, a tutora entrou em contato com o estabelecimento e recebeu uma mensagem pedindo que comparecesse ao local, pois Zoe havia passado mal.
Ao chegar ao pet shop, Flávia encontrou a cadela inconsciente, ensanguentada e em estado gravíssimo. Funcionários do local afirmaram que Zoe teria desmaiado e batido a cabeça na tesoura em cima da mesa de tosa, mas sem detalhes sobre o ocorrido. Desconfiada da versão apresentada, Flávia levou a cadela para atendimento emergencial no Hospital Veterinário São Francisco de Assis, onde foi constatado um quadro de politraumatismo craniano.
Exames revelaram fraturas no crânio e hemorragia interna. A equipe médica fez todos os possíveis esforços para estabilizar Zoe, mas, devido à gravidade dos ferimentos, ela faleceu no sábado. Uma necrópsia, realizada por uma patologista contratada pela família, confirmou que Zoe sofreu golpes intensos, resultando em morte cerebral.
Imagens revelam agressão
No dia seguinte, o proprietário do pet shop entrou em contato com Flávia e mostrou imagens de segurança que comprovaram a agressão. Nas imagens, o agressor é visto agredindo Zoe por diversas vezes, incluindo tapas e insultos, além de aplicar duas tesouradas na cabeça da cachorra. As gravações também indicam que ele demorou para prestar socorro, apenas chamando outros funcionários após a cadela já estar gravemente ferida.
O post Funcionário de pet shop é indiciado por agredir e matar cadela em BH apareceu primeiro em BHAZ.