Artista plástico Francisco Galeno morre aos 69 anos no litoral do Piauí


Natural da cidade de Parnaíba, ele é reconhecido no cenário artístico brasileiro por obras de cores vibrantes e formas geométricas variadas. Entre as produções, está o painel da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, em Brasília. Artista plástico Francisco Galeno morre aos 69 anos no litoral do Piauí
Reprodução
O artista plástico Francisco Galeno foi encontrado morto, na tarde desta segunda-feira (2), na casa onde morava, próximo ao complexo Porto das Barcas, na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. Ele tinha 69 anos. A causa da morte não foi confirmada.
✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp
Francisco de Fátima Galeno Carvalho, natural da cidade de Parnaíba, é reconhecido no cenário artístico brasileiro por obras de cores vibrantes e formas geométricas variadas, que exaltam, com uma estética modernista, festas populares e elementos culturais tradicionais.
Entre as obras, está o painel da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, localizada na Asa Sul, em Brasília, no Distrito Federal. Projetada por Oscar Niemeyer e com azulejos de Athos Bulcão, é considerada o primeiro templo religioso construído na nova capital e foi inaugurada em 1958. Francisco Galeno foi chamado para recriar o altar em 2009, depois que pinturas interiores originais de Alfredo Volpi foram destruídas por fiéis.
Interior da Igrejinha de Fátima, em Brasília, com pintura de Francisco Galeno
Wikimedia Commons
O piauiense mantém um atelier na cidade natal e em Brazlândia, no Distrito Federal, onde também morou por muitos anos.
A polícia foi acionada e deve abrir um inquérito para investigar a causa da morte.
Conexão com a arte
Galeno cresceu cercado de artesãos. Filho de um pescador que fabricava canoas e de uma mãe costureira, ele passou a pintar e frequentar exposições em galerias de arte na capital Teresina ainda na juventude.
Em 1965, o artista mudou-se com a família para o Distrito Federal.
“Percebi que para encontrar um caminho próprio eu teria que olhar para dentro de mim e recuperar a minha infância às margens do Rio Parnaíba. Então, comecei a trabalhar com os carretéis que a minha mãe usava, com os anzóis do meu pai, com os carrinhos de lata de sardinha que a gente fazia”, declarou em biografia.
📲 Confira as últimas notícias do g1 Piauí
📲 Acompanhe o g1 Piauí no Facebook, no Instagram e no X
VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube
Adicionar aos favoritos o Link permanente.