O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), revelou, nesta terça-feira (3), que pretende renomear o Anel Rodoviário para Novo Anel Fuad Noman. A informação foi repassada na cerimônia de municipalização da rodovia, que ocorre nesta manhã com representantes do município e do Governo Federal, como o ministro dos Transportes Renan Filho.
Atualmente, o Anel Rodoviário leva o nome de Celso Mello Azevedo, engenheiro, empresário e primeiro prefeito de BH nascido na cidade. “O nome era do ex-prefeito Celso Mello Azevedo. Eu pedi licença pra ele. Ele também gostaria de ver que quem construiu essa história nesses últimos dois anos vai dar nome a este projeto”, afirmou Damião.
A mudança exige, entretanto, aprovação de projeto de lei a ser apresentado na Câmara Municipal. “Quem construiu essa história nos anos anteriores tem nome. Se a Câmara de Vereadores permitir, vai se chamar Novo Anel Fuad Noman”, reforçou Damião.
Presente na cerimônia, o vereador Juliano Lopes (PODE), presidente da Casa, afirmou que não haverá empecilho para a efetivação da troca.
Municipalização
Dentre as novidades anunciadas nesta manhã, estão previstos investimentos em infraestrutura, restauração, manutenção e instalação de câmeras de monitoramento e radares.
Inicialmente, a Prefeitura de Belo Horizonte assume o trecho do Anel entre o bairro Olhos d’água e a avenida Cristiano Machado. Os 4,1 km restantes, entre BH e Caeté, seguirão sob administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) até a conclusão de melhorias. A expectativa é que o trabalho seja finalizado em três ou quatro anos, quando ocorrerá a concretização da municipalização.
As regionais Barreiro, PampuIha e Leste/Nordeste da BHTrans farão a operação viária do Anel. No rol de responsabilidades estão: remoção de veículos, desobstrução da via e informações aos usuários. A BHTrans e a Guarda Civil Municipal também já treinam 60 agentes com aulas teóricas e práticas, ministradas pela Concessionária EPR.
O projeto de municipalização prevê a duplicação dos viadutos sobre a Via Expressa e avenida Amazonas, com R$ 63 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal.
Histórico
O objetivo da municipalização é garantir mais velocidade nas intervenções na via e, assim, tentar-se minimizar os acidentes.
Segundo a prefeitura, somente entre janeiro e abril deste ano, o Anel teve 1.474 acidentes, uma média de 12,2 por dia. Neles, houve registro de 206 feridos, sendo 23 em estado grave, e cinco mortes.
O Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo foi construído no início da década de 1960 com o objetivo de retirar o fluxo de veículos de carga da região central da cidade. Ele foi estruturado para estar em uma área mais externa do município, mas com o passar dos anos, acabou sendo abraçado por bairros densamente populosos e, praticamente, se tornou uma grande avenida. Cerca de 130 mil veículos pela por lá todos os dias, segundo dados da prefeitura.
A pista tem 26,2 quilômetros de extensão. Ela começa no entroncamento das rodovias BR-262 e BR-381, na altura dos bairros Goiânia e Nazaré, na região Nordeste, e termina no encontro das rodovias BR-040 e BR-356, no bairro Olhos d’Água, na região Oeste.
O Anel cruza importantes vias, como as avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Carlos Luz, Pedro II, Amazonas e Via Expressa.
Quando a transferência for concluída, a PBH ficará responsável pela gestão dos 26,2 quilômetros.
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