A municipalização do Anel Rodoviário, nesta terça-feira (3), trouxe promessas de melhorias em toda a via, mas não garantiu uma data para o fim de um pesadelo dos pedestres que caminham pela região: os passarelas provisórias e com estrutura precária.
Algumas passagens colocadas sobre a via são provisórias há mais de 10 anos. As estruturas feitas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), então administrador do Anel, são de base metálica e acabamentos de madeira e concreto.
Quem caminha por algumas, como a do Viaduto São Francisco, na região da Pampulha, e do bairro Goiânia, na região Nordeste, encontra buracos, placas soltas e madeiras deterioradas.
O comerciante Edson Ferreira da Silva, de 39 anos, tem um bar em frente à passarela do Viaduto São Francisco. Ele também mora no lugar e precisa atravessar o Anel diariamente, mas na hora de fazer o caminho, acaba se arriscando de uma forma contraindicada pelos especialistas e poder público.
“Quando eu preciso ir para o outro lado, eu prefiro passar pela pista dos carros do que pela passarela. Aqui eu olho e espero até não vir nenhum carro. Tenho medo de cair da passarela”, conta.
O aposentado Raimundo de Castro Pereira, de 80 anos, conta que os problemas para a travessia são antigos. Apesar de não ter data definida para a construção de uma nova passarela, ele espera que a solução chegue logo. “Aqui tem 30 anos que não tem prazos para fazer as melhorias, mas pode ser que agora saia”, comenta.
Questionado pelo BHAZ sobre prazo para substituição da estrutura provisória, o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) disse que ainda não tem previsão, mas reforçou que o assunto estará entre as prioridades. O chefe do Executivo disse que os técnicos vão avaliar quais projetos podem ser viabilizados com mais agilidade e serão executados com a maior brevidade possível.
“As passarelas são provisórias há quase 10 anos e a gente não podia nem falar disso na prefeitura. Agora eu posso. Não posso dizer que dia que vamos tirar e que dia vamos colocar uma outra, mas a partir de agora a responsabilidade é nossa”, declarou o político.
O BHAZ procurou o Dnit, para saber se gostaria de se posicionar sobre a longa espera dos moradores, e aguarda retorno.
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