Brigadeiro Baptista Jr. diz que reuniões começaram discutindo ‘garantia da lei e da ordem’ pontual, contra protestos pós-eleições – mas foco começou a mudar conforme os dias avançavam. O ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) e brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr. afirmou que ficou “desconfortável” conforme os debates sobre “garantia da lei e da ordem” (GLO) avançavam no governo Jair Bolsonaro, após a derrota nas eleições de 2022.
Segundo Baptista Jr., em determinado momento, ele passou a ver que a GLO em debate “não era aquela que ele estava acostumado a ver”.
A declaração foi dada em depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em maio, na primeira fase do julgamento da ação penal da trama golpista.
O brigadeiro é testemunha da acusação e das defesas de Jair Bolsonaro, Almir Garnier dos Santos (ex-comandante da Marinha) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa).
831_TESTEMUNHA_CARLOS_DE_ALMEIDA
15:15 a 16:23
“Durante todo o período eleitoral, as Forças Armadas trabalham com muita avaliação de conjuntura. E estávamos entendendo que, com o povo rachado e radicalizado, sempre trabalhamos com uma hipótese de acionamento da Garantia da Lei e da Ordem.”
Segundo Baptista Jr, após as eleições, os movimentos de paralisação de rodovias e acampamentos em frente aos quartéis reforçaram essa hipótese.
Mas segundo ele, essa GLO se daria de acordo com os princípios do artigo 148 da Constituição – “de forma pontual, para resolver um problema”.
O ex-comandante da Aeronáutica diz que, aos poucos, o comando das Forças Armadas começou a perceber que a GLO em debate não seguia esse modelo, e se assemelhava a um debate sobre ruptura constitucional.
15:15
“O presidente estava frustrado com o resultado, parecia deprimido, com uma erisipela que certamente atacou o sistema dele. E esse assunto de Garantia da Lei e da Ordem começou a ser abordado nessas outras reuniões, mas o foco era a entrega do relatório”, diz Baptista Jr, em referência ao relatório das Forças Armadas sobre a lisura do processo eleitoral.
“Em determinado momento, penso que a partir do dia 11, eu comecei pessoalmente a entender que aquela GLO que estávamos abordando não era aquela que eu estava acostumado a ver as Forças Armadas cumprirem desde 1992. Nós começamos a ficar desconfortáveis. Pelo menos eu, ministro Paulo Sérgio e coronel Freire Gomes.
Segundo Baptista Jr., em determinado momento, ele passou a ver que a GLO em debate “não era aquela que ele estava acostumado a ver”.
A declaração foi dada em depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em maio, na primeira fase do julgamento da ação penal da trama golpista.
O brigadeiro é testemunha da acusação e das defesas de Jair Bolsonaro, Almir Garnier dos Santos (ex-comandante da Marinha) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa).
831_TESTEMUNHA_CARLOS_DE_ALMEIDA
15:15 a 16:23
“Durante todo o período eleitoral, as Forças Armadas trabalham com muita avaliação de conjuntura. E estávamos entendendo que, com o povo rachado e radicalizado, sempre trabalhamos com uma hipótese de acionamento da Garantia da Lei e da Ordem.”
Segundo Baptista Jr, após as eleições, os movimentos de paralisação de rodovias e acampamentos em frente aos quartéis reforçaram essa hipótese.
Mas segundo ele, essa GLO se daria de acordo com os princípios do artigo 148 da Constituição – “de forma pontual, para resolver um problema”.
O ex-comandante da Aeronáutica diz que, aos poucos, o comando das Forças Armadas começou a perceber que a GLO em debate não seguia esse modelo, e se assemelhava a um debate sobre ruptura constitucional.
15:15
“O presidente estava frustrado com o resultado, parecia deprimido, com uma erisipela que certamente atacou o sistema dele. E esse assunto de Garantia da Lei e da Ordem começou a ser abordado nessas outras reuniões, mas o foco era a entrega do relatório”, diz Baptista Jr, em referência ao relatório das Forças Armadas sobre a lisura do processo eleitoral.
“Em determinado momento, penso que a partir do dia 11, eu comecei pessoalmente a entender que aquela GLO que estávamos abordando não era aquela que eu estava acostumado a ver as Forças Armadas cumprirem desde 1992. Nós começamos a ficar desconfortáveis. Pelo menos eu, ministro Paulo Sérgio e coronel Freire Gomes.