Bahia recebe tecnologia que promete revolucionar produção de fertilizantes

A chegada ao Brasil do forno calcinador do Projeto Irecê marca um importante avanço para a produção nacional de fertilizantes. O equipamento, com tecnologia inédita no país, desembarcou nesta terça-feira, 3, no Porto do Pecém, no Ceará, e será transportado até o município de Irecê, na região norte da Bahia.Na cidade baiana, será instalado no complexo de beneficiamento mineral desenvolvido pela Galvani em parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).Fabricado na China, o forno tem capacidade para processar até 1,25 milhão de toneladas de fosfato por ano e representa um investimento de R$ 160 milhões, além de outros R$ 20 milhões destinados à logística de transporte, que envolve pelo menos 14 veículos especiais.Projeto Irecê inaugura nova etapaDe acordo com o presidente da CBPM, Henrique Carballal, o Projeto Irecê inaugura uma nova etapa para a mineração baiana, baseada em princípios de sustentabilidade e inclusão.“Esse equipamento de alta tecnologia reforça a proposta de uma mineração sustentável e inclusiva, que chega para transformar a Bahia em referência no setor”, afirmou.

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Entre os diferenciais do modelo adotado pelo projeto está a ausência de barragens de rejeitos e o reaproveitamento de 100% do resíduo mineral gerado, que será utilizado como remineralizador de solo na agricultura.Além disso, a CBPM se comprometeu a doar anualmente 10 mil toneladas desse calcário a pequenos produtores da região, com apoio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

Forno calcinador do Projeto Irecê

|  Foto: Divulgação

“Esse calcário pode triplicar a produção da agricultura familiar local. Estamos falando de geração de riqueza, renda, emprego e, principalmente, de investimento social diretamente vinculado à atividade mineradora”, destacou Carballal.Investimento nas operaçõesCom um investimento total de R$ 1,4 bilhão e início das operações previsto para abril de 2026, o Projeto Irecê deverá tornar a Bahia autossuficiente na produção de fertilizantes fosfatados, além de atender a 30% da demanda das regiões Norte e Nordeste do país.Para o diretor-presidente da Galvani, Marcelo Silvestre, o empreendimento é estratégico não apenas para a indústria, mas para a segurança alimentar do Brasil. “Mais do que aumentar a produção, o projeto fortalece a competitividade do setor e reduz a dependência externa de fertilizantes”, pontuou.“Esse é um avanço concreto de um projeto que nasceu com compromisso e planejamento, e que está sendo executado com responsabilidade e transparência”, acrescentou o presidente da CBPM.

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