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No dia 24 de junho, ele vai se apresentar no município de Quijingue, onde vai receber R$ 300 mil. Vale lembrar que a cidade acumula apenas 25 mil habitantes e está entre as cinco com maior gasto para os festejos juninos em 2025. Já no dia 26 de junho, Fábio de Melo vai fazer um show em Nordestina e vai receber R$ 300 mil pela apresentação.Ambos os shows são de recursos municipais — ou seja, serão pagos pelas próprias prefeituras locais.Painel de TransparênciaAté o momento, 391 dos 417 municípios baianos enviaram dados de gastos de festejos juninos ao Ministério Público. As cidades registraram a contratação de 1.020 artistas pelo valor total de R$ 357 milhões.O MP-BA prorrogou até a próxima sexta-feira, 6, o prazo para os gestores municipais responsáveis pelos festejos juninos, realizados entre os dias 1º de maio e 30 de julho, informarem ao Painel da Transparência informações sobre os investimentos realizados com contratações para os festejos deste ano. O prazo se encerraria no sábado, 31.O Painel de Transparência é uma iniciativa do Ministério Público estadual em parceria com os Ministérios Públicos de Contas junto aos Tribunais de Contas do Estado (MPC/TCE) e dos Municípios (MPC/TCM), Tribunais de Contas (TCE e TCM), Rede de Controle da Gestão Pública na Bahia e entidades como a União dos Municípios da Bahia (UPB), União das Controladorias Internas da Bahia (Ucib), Sebrae/BA, Universidade Federal da Bahia (Ufba), IMAP e o Governo do Estado da Bahia.A proposta da ferramenta é incentivar a transparência pública, fortalecer o exercício da cidadania, estimular a cooperação interinstitucional e apoiar a gestão eficiente dos recursos públicos, especialmente no fomento à cultura e ao turismo nos municípios baianos. A participação é voluntária, mas os entes públicos que contribuem com informações recebem o selo como reconhecimento por adotar boas práticas de governança.Padre no centro de uma polêmicaO nome do padre Fábio de Melo se tornou um dos assuntos mais comentados dos últimos dias após a polêmica envolvendo ele e Jair José Aguiar da Rosa, o ex-gerente da cafeteria Havanna, em Joinville (SC). Um novo capítulo dessa história promete dar o que falar. Isso porque Jair resolveu processar o religioso e a empresa por causa da divulgação do caso, que causou sua demissão.O Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sitratuh) compartilhou a informação em uma publicação feita no Instagram.De acordo com o advogado Eduardo Tocilo, “a ação cível contra o influenciador religioso já foi distribuída e está em trâmite para ingresso da ação trabalhista contra a empresa que, na tentativa de se blindar da repercussão do vídeo, acabou jogando toda a culpabilidade pra cima do empregado”.Relembre o casoO padre Fábio de Melo foi detonado pelo ex-gerente da cafeteria Havanna. O homem disse que, após um vídeo publicado pelo religioso nas redes sociais, foi massacrado com comentários negativos referentes ao trabalho que realizou e que isso ocasionou a demissão dele.“Estão me massacrando, ele [o padre] destruiu a minha vida. Se o padre me chama e fala: ‘Seu gerente, olha, está acontecendo isso’, se a gente dialogasse, a conversa era diferente. Eu jamais fui desrespeitoso. Nem sequer falei com o padre. No entanto, minha imagem foi destruída”, relatou o ex-gerente em entrevista ao site NSC Total.O que aconteceu?O funcionário contou que estava arrumando enfeites do Dia das Mães quando Fábio de Melo entrou na loja, por volta das 14h50 do último dia 10, mas ninguém o reconheceu. Quem foi ao caixa e questionou o preço foi um homem da equipe do padre, que vinha logo atrás.“Foi quando a menina do caixa me chamou para perguntar: ‘Qual o preço do doce de leite?’ Eu falo que o doce de leite zero custa R$ 69 e o normal custa R$ 43,90. Mas ela afirma que o rapaz [da equipe do padre] teria visto por R$ 43,90. Eu vou até a prateleira e pego a placa que está lá. Vou na parte da cozinha e pergunto para o pessoal da minha equipe se alguém teria mudado ela de lugar”, detalhou.O ex-gerente, que afirmou ter descoberto a demissão apenas pelos jornais, seguiu: “Mas percebo que a placa está lá, em uma posição errada, mas com o verdadeiro valor. Eu volto, passo pelo padre. Ele está me seguindo, mas não fala comigo em nenhum momento. Falo com a menina e sigo de volta para o meu trabalho”.O que diz o padre?O padre explicou que gravou o vídeo não para fazer uma denúncia, mas um alerta, “para que as pessoas que trabalham no comércio saibam que elas não estão acima do bem e do mal”. Fábio de Melo contou que escolheu dois potes de doce de leite sem açúcar e, quando chegou no caixa para pagar, “o valor que estava sendo cobrado era muito maior do que a soma dos dois potes com o preço que estava na estante”.Além disso, o religioso disse que o então “gerente se adiantou, extremamente deselegante, afirmando que ‘o preço está errado, se quiser levar, o preço certo é este’”.Após o caso viralizar, a cafeteria Havanna de Joinville falou que recebeu “com muita atenção e preocupação o relato de um cliente que se sentiu mal atendido em nossa unidade”.Vídeo desmente padre Fábio de MeloUm vídeo de câmera de segurança vazado nas redes sociais mostra imagens que contradizem a versão dada inicialmente pelo religioso, e embasam o relato de Jair José Aguiar da Rosa.Na gravação, é possível ver que quem se dirige ao caixa para questionar o valor de um produto não é o padre, e sim um homem de camiseta regata vermelha, que o acompanha. O ex-gerente, por sua vez, aparece calmo ao lidar com a funcionária e com o cliente.Assista ao vídeo:
Vazou o vídeo do padre Fábio de Melo com o gerente da cafeteria. O padre está com um fortão ao seu lado, reclama de alguma coisa, o gerente aparece e fala com os funcionários e vai embora. A versão do padre de que houve discussão e de que foi destratado pelo gerente,… pic.twitter.com/fGT6VA4Xk9— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) May 18, 2025Sindicato critica postura de estabelecimentoO Sitratuh se manifestou sobre a demissão de Jair José Aguiar da Rosa e criticou a postura da cafeteria Havanna. “A Sitratuh vem a público manifestar veemente repúdio à conduta da empresa que demitiu um de seus empregados após a divulgação, por um influenciador religioso de grande alcance, de um vídeo nas redes sociais relatando suposto mau atendimento em uma de suas lojas”, diz o comunicado.De acordo com o sindicato, a empresa não teria apurado os fatos de forma adequada e visou apenas minimizar os impactos negativos da sua reputação e “culpabilizou injustamente e isoladamente o empregado através da imediata dispensa”.“O empregado foi alvo de um típico ‘exposed’ nas redes sociais, sendo injustamente transformado em alvo de cancelamento virtual, com sua imagem (vídeo de câmeras internas) circulando nacionalmente sem qualquer apuração prévia dos fatos”, completou.