O Hospital e Maternidade Santa Clara, em Uberlândia, e um médico associado à instituição de saúde deverão indenizar em R$ 200 mil a mãe de um jovem de 20 anos que morreu logo após uma cirurgia. No processo, a mulher denuncia falha no serviço prestado e neglicência do cirurgião responsável pela operação.
De acordo com a ação ajuizada, o jovem teria passado por uma simpatectomia no hospital, procedimento de baixa complexidade para tratamento de excesso de suor. Enquanto se recuperava da operação, no quarto, o rapaz teria relatado desconforto. Poucas horas depois, ainda no mesmo dia da cirurgia, ele apresentou dificuldades respiratórias e foi levado ao centro cirúrgico, onde faleceu.
De um lado, a mãe responsabilizou o médico e a instituição pelo ocorrido. Do outro, o Santa Clara sustentou que a responsabilidade era do cirurgião, por conduta omissiva — a certidão de óbito apontou o derramamento de sangue na cavidade torácica como causa da morte. O médico, por sua vez, defendeu-se sob o argumento de que sua responsabilidade era de meio e não de resultado.
Os argumentos do hospital e do cirurgião não convenceram o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Na primeira instância, a instituição recusou o pedido da mãe de indenização de R$ 1 milhão por danos morais e pensão alimentícia, mas fixou o valor em R$ 100 mil.
Todas as partes recorreram, e a desembargadora Shirley Fenzi Bertão, do TJMG, manteve a condenação baseada em laudo pericial. O documento apontou que houve negligência do médico e que o hospital deveria contar com uma equipe para prestar socorro com mais eficiência. Na nova decisão, a magistrada aumentou o valor da indenização para R$ 200 mil.
O BHAZ tenta contato com o Hospital e Maternidade Santa Clara. Já a defesa do médico envolvido preferiu não se manifestar. O espaço segue aberto para esclarecimentos. A decisão ainda está sujeita a recurso.
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