A Taesa (TAEE11) tem mostrado desempenho expressivo em 2025, acumulando alta de 7,5% até o momento, mesmo diante de uma leve queda de 0,7% no lucro líquido regulatório. A empresa, que atua na transmissão de energia elétrica — considerada um setor perene e resiliente — surpreendeu positivamente ao distribuir 100% dos lucros via JCP (juros sobre capital próprio), totalizando R$ 188,3 milhões em proventos aos acionistas no primeiro trimestre.
Contudo, o momento técnico do papel levanta dúvidas. TAEE11 enfrenta forte resistência na faixa dos R$ 35,96, após semanas tentando romper esse patamar sem sucesso. Caso não consiga sustentar a valorização, analistas apontam possibilidade de recuo para níveis entre R$ 34,19 e R$ 32,97.
Resultados e fundamentos
No 1T25, a companhia reportou crescimento de 3,8% na receita líquida regulatória e 6,9% no lucro operacional (EBITDA regulatório). A Taesa também reduziu o OPEX em 10,8%, reforçando sua eficiência operacional. Por outro lado, o lucro líquido regulatório teve leve recuo, movimento atribuído a fatores como deflação do IGP-M e ajustes da RAP (Receita Anual Permitida).
A empresa investiu fortemente no trimestre, com CAPEX de R$ 267,9 milhões — alta de 247% — e entregas antecipadas de obras, como Pitiguari, que entrou parcialmente em operação com 26 meses de antecedência.
Projeções e preço teto
Com payout estimado entre 90% e 100% para 2025, a empresa projeta DPA (dividendo por ação) de R$ 2,67. Segundo a análise do canal Ativo Virtual, o preço teto da ação varia conforme o yield desejado: R$ 44,50 para 6%, R$ 33,37 para 8% e R$ 26,70 para 10%.
Atualmente cotada a R$ 35,38, TAEE11 está com P/L de 7,24 — abaixo da média do setor (7,98) — e P/VP de 1,67. Isso sugere que a ação ainda está descontada, apesar da alta recente.
Recomendação dos analistas
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BTG Pactual: Recomendação de venda, com preço-alvo em R$ 35.
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Citibank: Recomendação neutra, preço-alvo de R$ 32.
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Genial Investimentos: Posição neutra, preço-alvo de R$ 36.
A principal dúvida do mercado hoje é se vale entrar agora ou esperar uma nova correção. Para investidores mais conservadores, a TAEE11 ainda pode ser uma opção, desde que observada com cautela técnica.
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