Um novo levantamento entre as principais casas de análise do Brasil apontou as cinco ações mais recomendadas para o mês de junho de 2025. A lista inclui nomes já consagrados da Bolsa, como Itaú (ITUB4), Vale (VALE3), Eletrobras (ELET6), Petrobras (PETR4) e PRIO (PRIO3). A grande surpresa, porém, foi a exclusão do Banco do Brasil (BBAS3), que vinha sendo presença constante nas carteiras e agora está completamente ausente.
BBAS3 SAI DAS CARTEIRAS APÓS BALANÇO DESAPONTADOR
O Banco do Brasil, que figurava entre os cinco papéis mais recomendados até maio, foi excluído de todas as carteiras analisadas em junho. Segundo a XP, os números do primeiro trimestre de 2025 ficaram abaixo do esperado, especialmente nas projeções de lucro, o que levou a instituição a colocar a ação em revisão. A ação acumula quedas e já está cotada na faixa dos R$ 22, afetada pelo pessimismo do mercado.
ITAÚ SE MANTÉM COMO AÇÃO PREFERIDA
Enquanto o BBAS3 sofre, o Itaú se consolida como a ação mais recomendada do mês. Com lucro recorde de R$ 11,1 bilhões no 1T25 e um dividend yield superior a 7%, o banco lidera o ranking com folga. Apesar disso, analistas alertam que a cotação atual já precifica boa parte do desempenho e, por isso, não há grande margem de segurança no preço atual (ITUB4 cotada acima do preço teto projetado de R$ 36,70).
VALE: AÇÃO DESCONTADA, MAS COM CUIDADOS
A Vale continua sendo uma opção entre os especialistas, mas com ressalvas. A empresa opera com múltiplos atraentes (PL de 7,5 e P/VP perto de 1), além de um dividend yield acima de 9%. Porém, a forte dependência da China e a oscilação dos preços do minério de ferro impõem riscos. O preço teto da ação foi estimado em R$ 57,60, contra a cotação atual de R$ 52, com margem de segurança de 9,5%.
ELETROBRAS: OTIMISMO COM PRIVATIZAÇÃO, MAS PREÇO ESTICADO
A Eletrobras teve alta de 24% no ano e empolga o mercado com sua performance após a privatização. Contudo, analistas alertam para a forte valorização recente e dividendos ainda modestos (4,16%). O preço atual já estaria acima da média esperada em relação ao lucro da empresa, indicando pouca assimetria entre preço e valor neste momento.
PETROBRAS E PRIO: DESTACAM-SE PELO POTENCIAL DE VALORIZAÇÃO
Petrobras (PETR4) aparece na lista com grande margem de segurança: a ação está cotada em R$ 30, com preço teto projetado de R$ 38 — uma margem de 26%. Apesar das quedas recentes, a companhia mantém dividendos robustos e baixo custo de extração, o que atrai investidores em busca de fluxo de caixa.
Já a PRIO (ex-PetroRio), mesmo sem pagar dividendos, se destaca pelo crescimento expressivo. A ação teve valorização de mais de 15% em maio e é vista com potencial de valorização superior a 100%, segundo projeções de mercado, apesar de riscos regulatórios pontuais com o Ibama.
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