PGBL ou VGBL? Saiba qual previdência privada é ideal para você em 2025

Com a incerteza sobre a sustentabilidade da Previdência Social, muitos brasileiros têm buscado alternativas privadas para garantir uma aposentadoria mais tranquila. Dentre elas, os planos de previdência privada do tipo PGBL e VGBL ganham destaque — mas entender suas diferenças é essencial para fazer uma boa escolha.

PGBL vs. VGBL: entenda os benefícios e diferenças

Os dois tipos de plano têm finalidades parecidas, mas funcionamentos diferentes:

PGBL: indicado para quem faz declaração completa de IR

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) permite deduzir até 12% da renda tributável na declaração de imposto de renda. Ou seja, quem opta pela declaração completa pode reduzir sua base de cálculo e pagar menos imposto hoje. No entanto, quando for resgatar, o imposto incidirá sobre o valor total acumulado, e não apenas sobre os rendimentos.

Exemplo prático: quem ganha R$ 100 mil por ano e aplica 12% em um PGBL reduz sua base tributável para R$ 88 mil, economizando mais de R$ 3 mil em imposto naquele ano.

VGBL: ideal para quem faz declaração simplificada

O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é mais indicado para quem faz declaração simplificada ou é isento. Nesse modelo, não há benefício fiscal imediato, mas o imposto no resgate incide apenas sobre os rendimentos, o que pode gerar economia no longo prazo.

Tabela progressiva ou regressiva: como pagar menos imposto

Além da escolha entre PGBL e VGBL, é preciso decidir entre duas tabelas de tributação:

Tabela regressiva

Pensada para quem quer manter o dinheiro por mais tempo, essa tabela reduz a alíquota de IR conforme o prazo de aplicação:

  • Até 2 anos: 35%

  • De 2 a 4 anos: 30%

  • De 4 a 6 anos: 25%

  • De 6 a 8 anos: 20%

  • De 8 a 10 anos: 15%

  • Acima de 10 anos: 10%

É a mais recomendada para quem investe com foco em longo prazo.

Tabela progressiva

Segue as faixas do IR de pessoa física, podendo chegar a 27,5%. Se a renda anual do beneficiário ultrapassar os limites de isenção, o imposto pode ser alto. Por isso, só vale a pena em casos muito específicos, como quando o beneficiário tem renda total muito baixa.

Como simular e escolher a melhor opção para seu perfil

A melhor forma de descobrir se vale a pena optar pelo PGBL é simular a declaração do IR com e sem o plano. Muitas vezes, mesmo quem faz a declaração simplificada pode perceber vantagem ao mudar para a completa, desde que invista o limite de 12% em um PGBL.

Além disso, é importante lembrar que:

  • No PGBL, o IR incide sobre o valor total (aporte + rendimento).

  • No VGBL, o IR incide apenas sobre os rendimentos.

  • A portabilidade é possível dentro da mesma modalidade (PGBL para PGBL, VGBL para VGBL).

  • A troca da tabela de tributação só pode ser feita de progressiva para regressiva, reiniciando o prazo de contagem.

E no momento do resgate?

Na hora de utilizar o dinheiro da previdência, há diferentes formas:

  • Resgate total ou parcial: como um fundo de investimento tradicional.

  • Renda temporária ou vitalícia: paga mensalmente pela seguradora, com variações de acordo com expectativa de vida e regras contratuais.

Contudo, muitos investidores preferem o resgate, em vez da renda mensal, por acreditarem que a seguradora sempre fará cálculos que a favoreçam, como explicou o gestor Howard Marks, citando o modelo estatístico das seguradoras.

Previdência privada não é para todos. E se você já fez uma má escolha?

A boa notícia é que é possível fazer portabilidade para planos melhores, com taxas menores e fundos mais rentáveis — desde que respeitando o tipo (PGBL ou VGBL) e o prazo mínimo de 60 dias de permanência.

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