Crise do IOF: Wagner reúne líderes da base para alinhar discurso

O decreto do governo federal que elevou as alíquotas do Imposto de Operações Financeiras (IOF) gerou fortes críticas do mercado financeiro. Válida desde maio, o novo valor de imposto afetará as operações de câmbio, planos de previdência privada do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e crédito para empresas. As alterações não afetam pessoas físicas, transações via Pix ou modalidades já isentas.

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As mudanças afetam diretamente o custo de viagens internacionais e o acesso ao crédito por parte das empresas. Segundo o governo, a medida deve gerar um reforço de R$ 18,5 bilhões na arrecadação já em 2025, chegando a R$ 37 bilhões em 2026.A iniciativa surge diante das dificuldades do Executivo para promover cortes em um orçamento rígido e com pouca margem de manobra.Em meio a crise do imposto, o senador Jaques Wagner (PT-BA) anunciou, na manhã desta sexta-feira, 6, em entrevista ao programa Café das 7h, da rádio A TARDE FM, que terá um encontro com os líderes da base na Câmara dos Deputados e do Senado, neste domingo, 6, para tratar sobre o assunto.

|  Foto: Priscila Melo | Ag. A TARDE

Wagner também descartou que o impasse esteja desgastando a imagem do governo Lula, argumentando que o tema não tem impacto direto sobre a população em geral.

O IOF não bate na pessoa comum, na verdade quem grita muito é quem tem acesso e é quem tem grana. Então a moçada de muita grana, quando fala de mudar o IOF fica retado. Se for para uma pessoa que ganha até cinco salários mínimos, provavelmente ela não tem intimidade com esse termo, porque não é a praia dela. É para investidor financeiro. […] Eu estou falando de gente bilionária

Jaques Wagner – senador e líder do governo no Senado

O senador também defendeu a necessidade de um sistema tributário mais justo no Brasil, especialmente diante das profundas desigualdades sociais. “Um país como o nosso, com tanta desigualdade, precisa de um sistema tributário que promova justiça fiscal. Hoje, temos um modelo injusto: o pobre, a pessoa com menor poder aquisitivo, paga o mesmo imposto que eu, que você e que empresários quando compra arroz, feijão, carne ou cerveja. Essa é a verdade, e isso é injusto”, afirmou.

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