Quando se trata de investir, a primeira pergunta que surge é: renda fixa ou renda variável? Entender a diferença entre essas duas modalidades é fundamental para montar uma carteira que respeite seus objetivos, seu perfil de risco e sua realidade financeira.
Neste guia completo, você vai descobrir o que é renda fixa, o que é renda variável, quais são os principais investimentos de cada categoria e como combinar esses ativos de forma equilibrada.
O que é renda fixa?
Renda fixa é uma modalidade de investimento em que você empresta dinheiro a uma instituição — seja o governo, um banco, uma financeira ou uma empresa — em troca de juros previamente acordados.
Esse tipo de investimento é considerado mais seguro, pois oferece maior previsibilidade sobre os retornos. No entanto, como regra geral no mundo dos investimentos, quanto maior a segurança, menor a rentabilidade.
Principais investimentos em renda fixa:
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Tesouro Direto: você empresta ao governo federal.
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CDB (Certificado de Depósito Bancário): empréstimo ao banco.
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LCI e LCA: letras de crédito atreladas ao setor imobiliário e ao agronegócio, com isenção de IR para pessoas físicas.
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Letra de Câmbio: empréstimo para financeiras.
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Debêntures: títulos de dívida emitidos por empresas privadas.
Tipos de rentabilidade na renda fixa:
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Prefixados: você já sabe quanto vai receber no vencimento (ex: Tesouro Prefixado).
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Pós-fixados: atrelados a índices como CDI ou Selic; a rentabilidade pode variar (ex: Tesouro Selic).
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Híbridos: combinam uma taxa fixa com a variação da inflação (ex: Tesouro IPCA+).
O que é renda variável?
Na renda variável, não há garantia de retorno. O investidor passa a ser sócio de um negócio, cotista de um fundo, ou exposto a ativos como moedas e metais preciosos, e o valor dos investimentos pode variar para cima ou para baixo.
Ou seja, na renda variável, você pode ganhar muito dinheiro ou perder — por isso, exige mais preparo emocional e visão de longo prazo.
Exemplos de Investimentos em Renda Variável:
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Ações: compra de uma fatia de uma empresa listada na bolsa.
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Fundos Imobiliários (FIIs): participações em imóveis comerciais ou empreendimentos.
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Fundos Cambiais: expostos a moedas como dólar e euro.
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Fundos de Ouro: valorização atrelada ao metal precioso.
Como montar uma carteira equilibrada?
A resposta está no seu perfil de investidor. Veja três exemplos:
Conservador:
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95% a 100% em renda fixa
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Objetivo: preservar capital e evitar perdas.
Moderado:
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80% em renda fixa e 20% em renda variável
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Objetivo: buscar ganhos acima da poupança sem se expor muito ao risco.
Arrojado:
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50% em renda variável ou mais
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Objetivo: maximizar ganhos assumindo maior volatilidade.
Dica: Se você precisa do dinheiro em curto prazo, evite renda variável — ela exige tempo para recuperação em caso de queda.
A importância da reserva de emergência
Antes de investir em ações ou FIIs, você precisa construir uma reserva de emergência com investimentos seguros e líquidos da renda fixa, como:
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Tesouro Selic
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CDBs com liquidez diária
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Fundos de renda fixa simples
Essa reserva deve cobrir de 3 a 6 meses dos seus gastos mensais, garantindo tranquilidade em imprevistos.
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