O fundo imobiliário GARE11 divulgou seu relatório gerencial de abril de 2025, revelando perspectivas positivas para os próximos meses. Apesar da redução dos dividendos em comparação a 2024, a gestão sinaliza que os reajustes contratuais programados entre junho e setembro poderão impulsionar os rendimentos a partir do segundo semestre.
Preço abaixo do valor patrimonial e alta recente nas cotas
A cota do GARE11 fechou o mês a R$ 8,74, bem abaixo do seu valor patrimonial estimado em R$ 9,50, o que indica potencial de valorização. O fundo chegou a bater R$ 8,95 recentemente, após mínima de R$ 7,80 em fevereiro, mostrando uma recuperação consistente.
Com um P/VP de 0,97 e dividend yield de cerca de 12% ao ano, o GARE11 está entre os FIIs de tijolo mais atrativos do momento, mantendo uma liquidez diária superior a R$ 45 milhões e base de mais de 354 mil cotistas.
Imóveis 100% ocupados e inquilinos de alto nível
O GARE11 possui 39 imóveis, localizados em 14 estados brasileiros, com 0% de vacância física ou financeira. Todos os contratos são atípicos, com prazo médio superior a 12 anos e cláusulas de multa integral em caso de rescisão.
Entre os principais inquilinos estão:
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Carrefour (35% da receita)
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British American Tobacco (22%)
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Grupo Mateus (21%)
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Grupo Pão de Açúcar (18%)
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ICT e Manara (4% somados)
Todos apresentam elevada nota de crédito e solidez financeira, o que garante previsibilidade nos fluxos de caixa do fundo.
Reajustes vão impulsionar dividendos
Os reajustes realizados em abril (5,06% sobre dois imóveis da AliT) foram modestos, mas não afetaram de forma relevante os resultados. A expectativa, segundo a gestão, é que os reajustes previstos para junho, julho, agosto e setembro tenham impacto muito mais significativo, com destaque para:
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Imóveis do Grupo Mateus, que somam cerca de 6,5% da receita;
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Reajuste em setembro do principal imóvel do fundo, locado para a British American Tobacco em Cachoeirinha (RS), responsável por 21% da receita mensal.
Esses eventos devem elevar substancialmente os rendimentos pagos, que atualmente estão em R$ 0,083 por cota.
Receita e distribuição em abril
Em abril, o GARE11 apresentou:
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Receita total: R$ 14,28 milhões
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Despesas: R$ 2,01 milhões
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Resultado líquido: R$ 12,27 milhões
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Distribuição de rendimentos: R$ 12,24 milhões
A diferença positiva de apenas R$ 26 mil indica que praticamente todo o lucro foi distribuído aos cotistas, reforçando o compromisso do fundo com a geração de renda.
Alavancagem controlada e caixa robusto
O fundo reduziu sua alavancagem para 26% do patrimônio, após ter atingido cerca de 40% anteriormente. Atualmente, o GARE11 possui R$ 521 milhões em caixa, valor suficiente para quitar suas obrigações até 2034, segundo o cronograma de amortização apresentado pela gestão.
A administração também estuda novas aquisições e vendas de ativos, com atenção especial para o imóvel do Pão de Açúcar em Campinas, que teve o processo de venda paralisado temporariamente.
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