O advogado do entregador que agrediu um recém-nascido na Savassi, região Centro-Sul de BH, afirmou que o agressor “não agiu com dolo” e que “não entendia que de fato tratava-se de um bebê”. Filipe Martins Cruz, de 36 anos, teria batido na criança por entender que se tratava de um bebê reborn e que a mãe estava usando o boneco para ter prioridade na fila de um food truck.
Uma das estratégias da defesa é afirmar que não se trata de um crime culposo, no qual se tem a intenção de cometê-lo. O advogado Inti Collio confirma a agressão, mas reafirma que Filipe entendia se tratar de um bebê reborn e, por esse motivo, não haveria dolo.
“O sentimento dele é um sentimento de bastante tristeza, no sentido de que ele acompanhou toda a repercussão, né? Inicialmente, ele se sente arrependido, com toda essa repercussão, desses fatos que são estão sendo imputados a ele, uma vez que ele acreditou de fato tratar-se de um bebê reborn. No direito penal, nós temos os crimes dolosos e os crimes culposos, nesse caso aqui, ele não agiu com dolo. Ele não entendia que de fato tratava-se de um bebê. Ele acreditou tratar-se de um bebê reborn”, afirma o advogado.
O agressor do bebê foi solto na manhã deste sábado (7) após a juíza estipular o valor da fiança em três salários mínimos, além de outras medidas cautelares, como o comparecimento mensal à justiça durante três meses.
Entenda o caso
Na noite da última quinta-feira (5), Filipe foi detido após agredir uma recém-nascida que estava no colo da mãe. Ele alegou à polícia que pensou se tratar de um ‘bebê reborn’ e que achou que a mulher estaria se aproveitando do suposto boneco para ter direito à fila preferencial em um foodtruck.
À Polícia Militar, a mãe relatou que estava terminando de lanchar e se preparava para ir embora quando o homem, que aguardava na fila, começou a interagir com a bebê.
Em seguida, ele teria afirmado ao pai da criança, que estava próximo, que se tratava de um bebê reborn, ou seja, uma boneca realista. Mesmo com a negativa do pai, o suspeito insistiu e desferiu um tapa de mão aberta na cabeça da criança, no lado direito, causando um inchaço atrás da orelha.
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