A Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, confirmou nesta sexta-feira (7) que há dois casos sob suspeita de Mpox na cidade. Segundo a Vigilância Epidemiológica do município, trata-se de crianças que apresentaram quadros leves da doença. Os pacientes foram orientados a permanecer em isolamento domiciliar até o término do período de transmissibilidade.
Segundo a prefeitura, amostras foram coletadas e encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias para diagnóstico. Os contatos próximos dos suspeitos também estão sendo identificados e monitorados pela secretaria. Não é recomendado o isolamento de pessoas que tiveram contato e que não apresentam sintomas da doença.
“É importante ressaltar que Sete Lagoas não registra casos confirmados de mpox desde 2023. Além disso, o último caso confirmado de mpox em menores de 20 anos em Minas Gerais foi notificado em 2022. A Vigilância Epidemiológica da nossa cidade esclarece que não há transmissão comunitária da doença em Sete Lagoas. Todos os casos confirmados ocorridos no município foram importados, ou seja, originados em outros territórios”, informou o município em nota divulgada nas redes sociais.
Uma das crianças é aluna da Escola Estadual Maurílio de Jesus Peixoto, que soltou um comunicado em seu perfil oficial no Instagram para esclarecer os fatos.
Ver essa foto no Instagram
Nas redes sociais, alguns pais pedem que a prefeitura do município antecipe as férias escolares, a fim de evitar contágio em outros estudantes.
O portal BHAZ entrou em contato com a Prefeitura de Sete Lagoas para saber de onde são os outros estudantes sob suspeita de Mpox e aguarda retorno.
Casos em Minas
Segundo a Vigilância Epidemiológica de Sete Lagoas, em caso de sintomas suspeitos de mpox como erupção cutânea aguda, associada ou não a febre, dor de cabeça, dor muscular, adenomegalia (íngua), é preciso procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação médica.
“Uma vez identificado um caso suspeito da doença, a notificação deve ser feita imediatamente as autoridades de saúde locais, para que as devidas ações sejam realizadas e as medidas de proteção e controle sejam discutidas e adotadas”, informou o órgão em nota.
Para reduzir o risco de infecções, o Ministério da Saúde dá algumas orientações, como:
- Evitar contato direto com lesões de pele, erupções cutâneas, crostas ou fluidos corporais de pessoas infectadas;
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel, especialmente após tocar superfícies compartilhadas ou estar em locais públicos;
- Praticar sexo seguro, utilizando preservativo, e estar atento a sinais suspeitos em si mesmo ou no(a) parceiro(a);
- Manter a etiqueta respiratória, cobrindo a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, para evitar a disseminação de partículas virais;
- Usar máscaras de proteção respiratória em ambientes com alta probabilidade de transmissão, como locais fechados e mal ventilados;
- Manter a higiene pessoal de forma rigorosa, garantindo a limpeza adequada do corpo e objetos de uso pessoal.
Entenda a doença
Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado.
Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a mpox também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.
A infecção pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde.
O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas.
O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.
Com Agência Brasil.
O post Sete Lagoas tem dois casos suspeitos de mpox em crianças da rede escolar apareceu primeiro em BHAZ.