As festas juninas, tradicionalmente associadas à cultura e religiosidade popular, tornaram-se também um importante motor econômico. Segundo pesquisa da Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, essas comemorações movimentam o consumo em todo o país e fortalecem a economia local.
65% dos brasileiros participam e gastam em média R$ 300
O levantamento ouviu 2.306 pessoas em todas as regiões do Brasil e revelou que 65% dos brasileiros participam das festas de junho, sendo que a maioria celebra em sua própria cidade. O gasto médio é de R$ 300 por pessoa, valor destinado a alimentação, transporte, figurino típico, ingressos e produtos locais — movimentando uma cadeia produtiva que vai do pequeno agricultor ao artista local.
Norte e Nordeste lideram em renda extra
Embora a celebração ocorra nacionalmente, Norte e Nordeste concentram os maiores impactos econômicos. Na região Norte, 76% dos entrevistados enxergam as festas como oportunidade real de geração de renda. Com barracas de comida, apresentações culturais e vendas de produtos típicos, as festas representam uma fonte de receita relevante para pequenos empreendedores.
Junho é mês de aumento nas vendas
Cerca de 67% da população nota aumento nas vendas durante junho, segundo o estudo. Esse crescimento é percebido principalmente no:
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Comércio informal e local
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Setor de alimentação e bebidas típicas
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Eventos pagos e shows regionais
Essa movimentação reforça o papel estratégico das festas juninas para o fortalecimento da economia regional, especialmente em cidades pequenas e médias.
Renda extra também ajuda a quitar dívidas
Mais do que renda adicional, o dinheiro movimentado tem impacto direto na organização financeira: 51% dos entrevistados que obtêm renda nas festas afirmam que vão usar os valores para pagar dívidas. Ou seja, além de movimentar o comércio, as festas contribuem para reduzir a inadimplência e melhorar o equilíbrio financeiro das famílias.
Turismo junino impulsiona economias locais
Cidades como Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) atraem turistas de todo o país. Esses destinos se tornaram pólos de turismo junino, gerando demanda por hotéis, restaurantes, transporte e serviços. O ciclo econômico se amplia com:
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Empregos temporários
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Artesãos e artistas locais valorizados
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Aumento na arrecadação municipal
Pequenos negócios ganham visibilidade
As festas são também uma vitrine para microempreendedores, artesãos e agricultores familiares. Em um único mês, muitos conseguem faturar o equivalente a várias semanas de trabalho. Isso se traduz em:
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Estímulo ao empreendedorismo
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Maior circulação de moeda em comunidades carentes
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Estabilidade para trabalhadores informais
Tradição que move bilhões
As festas juninas, além de manterem viva a cultura popular brasileira, geram benefícios econômicos significativos. Em um país onde o consumo sazonal representa boa parte da renda de milhões, junho se firma como mês estratégico para geração de renda, fortalecimento do comércio local e alívio financeiro de muitas famílias.
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