Jacyr Pasternak lança livro policial sobre os perigos da pseudociência

O médico infectologista Jacyr Pasternak lança seu terceiro romance, Receita Fatal, um thriller policial com toques de humor que investiga os limites perigosos entre medicina e charlatanismo. Após o sucesso do livro anterior, Tio Zulmiro não se chamava assim (2023), em que retrata as tramas de um grupo de golpistas durante a pandemia de COVID-19, Pasternak agora mira em outro tipo de fraude: a pseudociência.A nova obra se desenrola a partir da misteriosa morte de quatro membros da tradicional família Marques da Cruz, moradores dos Jardins, bairro nobre de São Paulo: o pai, Carlos, a mãe, Maria Olímpia, o filho mais velho, Henrique, e a filha caçula, Laura. Encontrados mortos sem sinais de violência ou suicídio, o caso intriga os delegados Francisco e seu assistente recém-chegado, Gilberto.É nesse cenário que Jacyr Pasternak – também especialista em hematologia e doutor pela UNICAMP – usa seu conhecimento médico para compor uma trama que levanta críticas contundentes às terapias sem base científica. O autor constrói uma narrativa mordaz ao longo de 16 capítulos, alertando para os perigos de soluções milagrosas na área da saúde.

Leia Também:

Por metrô no Campo Grande, Jerônimo investe milhões em prédio da UFBA

O Olodum nasceu daqui: mostra revive a história de Neguinho do Samba

Ícone do teatro baiano, espetáculo “Bululú” volta a preços populares

“Jacyr não deixa nada sem comentário. É novamente muito mais do que um romance policial. É isto também, e dos bons, mas é uma crítica sarcástica a tudo isso que está aí”, afirma o médico imunologista Luiz Vicente Rizzo, diretor de pesquisa do Instituto Israelita do Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP), responsável pela orelha do livro.A narrativa conduz o leitor por encontros com personagens excêntricos, como curandeiros mascarados de terapeutas e pacientes dependentes de fórmulas mágicas. A construção alterna mistério com momentos de humor ácido, sem deixar de provocar reflexões sobre os riscos da desinformação em saúde.“Entre encontros com personagens inusitados — de curandeiros disfarçados de terapeutas a pacientes viciados em fórmulas mágicas —, Receita Fatal mistura mistério e comédia em doses letais. E no final, a única cura possível será uma boa gargalhada e uma crítica bem afiada ao mercado da medicina alternativa”, escreve Rosana Richtmann, médica infectologista e diretora clínica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, no prefácio da obra.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.