SNAG11 paga R$ 0,11 por cota, amplia carteira e supera o CDI com 112% de rendimento

O fundo de investimento nas cadeias do agronegócio SNAG11, da Suno Asset, teve um mês de destaque em sua trajetória em 2025. Com cotas em valorização, aumento no número de devedores e retorno consistente aos cotistas, o fundo se consolida como uma das opções mais resilientes entre os Fiagros listados na B3.

Cota se valoriza e desconto patrimonial diminui

A cota do SNAG11 apresentou forte recuperação em relação aos meses anteriores, saindo da mínima de R$ 9,00 e se aproximando da máxima recente de R$ 9,50, uma valorização de 5,5%. Mesmo com essa alta, o fundo ainda negocia com desconto de cerca de 5% em relação ao valor patrimonial por cota (VP atual de R$ 10,19), o que pode representar oportunidade para novos investidores.

Dividendos mantêm ritmo elevado e reservas aumentam

Em junho de 2025, o fundo distribuiu R$ 0,11 por cota, o equivalente a 112% do CDI do período. Esse valor representa um dividend yield mensal de aproximadamente 1,15% sobre a cota de mercado, ou cerca de 13,8% ao ano, livre de imposto de renda para pessoas físicas.

Além disso, o fundo acumulou R$ 0,059 em lucros não distribuídos por cota, fortalecendo sua reserva de resultados. Caso o ritmo de acúmulo continue, o SNAG11 poderá elevar os proventos nos próximos meses para R$ 0,12 por cota, conforme indicam os dados de rendimento acumulado.

Indicador Valor
Preço da cota (mercado) R$ 9,50
Valor patrimonial (VP) R$ 10,19
Dividendos pagos (junho) R$ 0,11 por cota
Dividend Yield mensal 1,15%
CDI mensal (referência) 0,98%
Dividendos acumulados (2025) R$ 0,62
Cotistas 112 mil
Patrimônio líquido R$ 600 milhões

Um ponto positivo relevante foi a expansão da base de devedores, que passou de 263 para 286 no mês — crescimento de 8,7%. Esse aumento ocorreu após a reestruturação de uma operação com a Boa Safra, que substituiu parte dos contratantes, distribuindo melhor o risco de crédito.

Na visão do mercado, essa pulverização é essencial para a segurança dos cotistas, pois reduz a dependência de poucos emissores e minimiza o risco de inadimplência concentrada.

Carteira agrícola segue diversificada e bem alocada

O portfólio do SNAG11 está majoritariamente alocado em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), com menor participação em FIDCs e ativos imobiliários. A maior parte da carteira está indexada ao CDI, o que explica a capacidade do fundo de acompanhar a alta da Selic e entregar retornos compatíveis com a taxa básica de juros.

Na distribuição por cultura, a soja permanece como principal exposição, seguida por operações ligadas ao café e leite. Segundo o relatório da gestão:

  • Café: houve quebra de safra em 2024, mas os preços internacionais elevados compensam parcialmente a queda na produção.

  • Leite: preços em alta e perspectiva de aumento da produção; o único ponto de atenção é o aumento nos custos de insumos (milho e farelo de soja).

Desempenho supera benchmark e histórico reforça confiança

Ao comparar o desempenho do SNAG11 com o CDI desde o início do ano, o fundo se mantém acima do benchmark:

Índice Rentabilidade acumulada em 2025
SNAG11 +6,1%
CDI (acumulado) +4,9%

Com histórico sem inadimplência relevante, número crescente de cotistas e boa governança, o SNAG11 se mantém entre os Fiagros mais procurados do mercado secundário, tanto por investidores iniciantes quanto por aqueles que buscam uma renda passiva consistente e protegida da inflação.

O post SNAG11 paga R$ 0,11 por cota, amplia carteira e supera o CDI com 112% de rendimento apareceu primeiro em O Petróleo.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.