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Além da ponte em si, as estatais chinesas também devem investir em um grande sistema viário, que começa em Salvador, com a construção de dois túneis e quatro viadutos, e continua no município de Vera Cruz, na ilha de Itaparica, onde uma via expressa será construída em direção à BA-001 e a Ponte do Funil, ambas duplicadas até Nazaré, no Recôncavo.Os vídeos do projeto básico de todo o sistema viário, incluindo a ponte, foram divulgados em primeira mão pelo Portal A TARDE na última sexta-feira, 6.Tempo e dinheiroA ponte Hong Kong-Macau teve sua construção iniciada em 2009, mas só terminou em 2018, após um investimento de 20 bilhões de dólares (R$ 110,7 bilhões, na cotação desta quarta), o que representa um incremento de tempo e dinheiro na obra, prevista para encerrar em 2016, com um custo estimado de 6,4 bilhões de euros (R$ 40,8 bilhões).Na Bahia, a previsão de tempo de construção é menor, assim como o custo estimado. Segundo informações oficiais do governo do estado e do consórcio chinês, a Ponte Salvador-Itaparica deve ser levantada em 60 meses (cinco anos), a um custo estimado de R$ 10,42 bilhões. Atrasos e aumentos de preço, porém, também são comuns em obras brasileiras.Soluções de engenhariaRevolucionária, a ponte chinesa é dividida em três partes, sendo duas sobre o mar do Pacífico e outra subaquática, em um túnel de 6,7 km, garantindo a navegação marítima na região. Ilhas artificiais foram construídas, para possibilitar a instalação da passagem por debaixo das águas.No caso da Ponte Salvador-Itaparica, a solução é mais conservadora. Para garantir que navios continuem transitando na Baía de Todos-os-Santos e acessem o terminal portuário soteropolitano, haverá um vão maior em uma das partes da construção, pensada para possibilitar as passagens dos maiores navios do mundo.