Após uma manhã agitada, o Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (11), impulsionado por três fatores principais: a disparada no preço do petróleo, dados de inflação abaixo do esperado nos EUA e declarações contrárias ao aumento de impostos vindas de Brasília.
A alta do barril de petróleo em 4%, motivada por tensões no Oriente Médio — com relatos de possível ameaça iraniana à embaixada dos EUA no Iraque — elevou o valor das ações da Petrobras, refletindo diretamente na performance da B3. Paralelamente, os dados do CPI americano vieram ligeiramente abaixo do consenso do mercado, reforçando a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos e animando os investidores globais.
Do lado político, a fala do presidente da Câmara, Hugo Mota, trouxe otimismo ao mercado. Ao se posicionar contra novos impostos — como a taxação de LCI, LCA e aumento na tributação sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) — e cobrar que o governo reduza gastos, Mota sinalizou um alívio temporário sobre a pauta fiscal. A firmeza na crítica ao excesso de arrecadação e à falta de cortes nas despesas públicas agradou os investidores.
Com isso, o Ibovespa encerrou o dia com leve alta de 0,03%, aos 137.128 pontos. Já o dólar caiu 0,6%, sendo cotado a R$ 5,53 — o menor nível em 8 meses —, colocando o real entre as moedas com melhor desempenho global no dia.
Apesar do clima positivo, analistas alertam que o mercado pode reverter rapidamente caso o Congresso recue e aprove as medidas tributárias. A percepção de insegurança jurídica e mudanças constantes na política fiscal continua sendo um dos principais entraves à confiança de investidores, tanto nacionais quanto estrangeiros.
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