BB Seguridade despenca 17% desde abril: resultado decepcionante e resgates em previdência preocupam

As ações da BB Seguridade (BBSE3) vivem um momento delicado na Bolsa. Desde o pico de R$ 42,77 em 30 de abril até os R$ 35,13 registrados na abertura desta quinta-feira (13), o papel acumula uma queda de 17,8%. Parte dessa desvalorização já era esperada após a divulgação dos resultados do 1º trimestre de 2025, considerados abaixo do esperado pelo mercado. No entanto, a nova queda de mais 8% nas últimas semanas acendeu um alerta.

Resultados abaixo do esperado frustram o mercado

O lucro gerencial da companhia no 1T25 cresceu 8,3% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar do avanço, o número ficou abaixo das expectativas de analistas, o que gerou uma queda imediata nas ações logo após a divulgação. O mercado já precificava um crescimento mais robusto, e a frustração levou a uma queda de 8% em apenas dois dias, no final de abril.

Além disso, o resultado operacional da BB Seguridade, especialmente em relação à Brasilprev, sua divisão de previdência, preocupou investidores. O segmento registrou captação líquida negativa de R$ 1,15 bilhão no trimestre, refletindo um aumento nos resgates e queda na arrecadação. No mesmo período de 2024, a captação havia sido positiva em R$ 5,6 bilhões.

Relatório mensal confirma pressão sobre a receita

O informativo mensal da BB Seguridade, divulgado em 2 de junho, trouxe mais sinais de enfraquecimento. Embora breve, o relatório mostrou queda nos prêmios emitidos em algumas modalidades, como o seguro rural — que representa mais de 50% da carteira da empresa. Desde a divulgação, os papéis recuaram mais 5%.

Esses dados reforçam a perspectiva de que a empresa pode ter menos receitas com taxas de administração no futuro, já que a arrecadação da previdência impacta diretamente o patrimônio sob gestão e, consequentemente, a rentabilidade da operação.

BB Seguridade continua atrativa para dividendos?

Apesar das quedas, a BB Seguridade ainda figura entre as ações mais baratas da Bolsa segundo rankings de geração de dividendos. A relação Preço/Lucro (P/L) caiu com a desvalorização, e o dividend yield aumentou, atraindo atenção de investidores com foco em carteiras previdenciárias.

Para investidores de longo prazo, o atual patamar de preços pode representar uma oportunidade — desde que haja recuperação na captação de previdência e estabilidade nos lucros futuros. Caso contrário, os próximos trimestres podem continuar pressionando o desempenho da empresa.

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