Itaúsa desponta como holding atrativa com 17% de potencial de alta

Mazone posicionou Itaúsa em um “mapa de valuation” onde o eixo horizontal indica o preço sobre lucro (P/L) e o vertical, o dividend yield líquido dos últimos cinco anos. Ao fechamento de 13 de junho de 2025, Itaúsa negocia a 7,7× lucro e paga 5% de dividendos, situando-se como a terceira holding mais descontada entre as companhias comparadas.

  • Banco do Brasil (BBAS3): P/L de 3,7× e dividend yield de 7,8%, maior desconto e maior remuneração aos acionistas;

  • Santander (SANB11): P/L de 8× e dividend yield de 5,7%, melhor posicionamento entre os bancos privados;

  • Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4): P/L de 10× e dividend yield de 3,86%, refletindo valuation esticado e menor retorno em dividendos.

No comparativo internacional, a Berkshire Hathaway exibe P/L de 13,1× e crescimento de receita (CAGR) de 7,6% nos últimos cinco anos; Itaúsa, em contrapartida, apresentou CAGR de 10% no mesmo período, o que, na análise de Mazone, torna a holding brasileira mais atrativa, mesmo considerando desafios macro do Brasil frente aos Estados Unidos.

Fundamentos e potencial de alta

A Itaúsa concentra 80–90% de seus lucros no Itaú Unibanco, mas tem diversificado seu portfólio com participações relevantes em CCR, Alpargatas, Aegea, NTS e Copagás. Segundo consenso do Invest Pro, a companhia tem preço-alvo médio de R$ 12,58, indicando upside de 17% em relação aos R$ 10,75 negociados em meados de junho.

  • Preço/lucro (P/L): 7,7× versus média histórica de 9×;

  • Dividend yield: 5% anual líquido de impostos;

  • Preço/valor patrimonial (P/VP): 1,4×;

  • Alavancagem: dívida líquida sobre EBITDA abaixo de 3×, considerada confortável para uma holding.

Mazone aponta que, mesmo sem posições programadas de venda de ativos em 2025 (diferentemente de anos anteriores), a Itaúsa mantém fluxo de caixa robusto e governança estável, fatores que sustentam a recomendação de compra para investidores com perfil de médio prazo.

Estratégias de opções e cenários de volatilidade

No segmento de opções, o analista destacou que a volatilidade implícita das ações da Itaúsa encontra-se em níveis acima da média histórica de 20%, abrindo oportunidades para operações de venda coberta de calls. Entre as séries para agosto de 2025, Mazone cita:

  • Strike R$ 9,00: fora do dinheiro, oferece prêmio elevado;

  • Strikes R$ 12,90 a R$ 13,23: próximos ao preço-alvo, indicados para venda de calls cobertas caso a ação atinja patamares superiores.

O cenário macro, marcado por tensões no Oriente Médio, deve continuar impactando o preço do petróleo, câmbio e, consequentemente, as ações financeiras brasileiras, o que reforça a necessidade de monitoramento da volatilidade para ajustar strikes e vencimentos.

Com valuation atraente (P/L de 7,7×), dividendos estáveis de 5% e potencial de alta de 17% até R$ 12,58, Itaúsa se destaca como a holding mais descontada entre pares nacionais e internacionais. A combinação de fundamentos sólidos, diversificação de portfólio e estratégias no mercado de opções faz da Itaúsa uma recomendação relevante para investidores que buscam exposição ao setor financeiro brasileiro num horizonte de 12 a 18 meses.

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