Escumalha ferida

Ações firmes e rápidas são fortemente recomendáveis quando se tem na mira suspeitos de crimes envolvendo organismos da mais alta hierarquia do Estado brasileiro, a exemplo do caso mais recente, o da “Abin paralela”.Assim como não se recomenda permitir a sobrevida a um peçonhento, pois mesmo ferido, tem capacidade de inocular seu veneno, os elementos investigados, em número passando de 30, precisam pagar pelos gravíssimos erros.A Polícia Federal lavrou mais um tento para a instituição, ao enviar o relatório de 800 páginas do inquérito, resultando nos indiciamentos de sujeitos de estatura moral aproximada da obscenidade.Entre os arrolados da escumalha em comportamento associado a mais impudica ilegalidade estão Jair Messias Bolsonaro; o filho Carlos; e o ex-diretor da Associação Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.O grupo, ou seria bando, incluindo comparsas investigados, utilizou o estabelecimento de maior relevância para a segurança e a soberania do país para fins particulares de monitoramento, conforme já é de conhecimento geral.Cabe agora ao Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhar o material para a Procuradoria-Geral da República no tempo razoável a fim de a denúncia ser oferecida para fazer justiça, pois trata-se de uma afronta ao Brasil.O ministro Alexandre de Moraes é responsável por anotar na súmula, o trabalho favorável à cidadania, sabendo-se da covardia do mentor graduado da corja investigada, a quem pode-se atribuir inclinação a suposta analidade, a despeito dos arrotos e bravatas.Mostrando “docilidade” em depoimento recente a Alexandre de Moraes, o ex-presidente beneficiava-se da “Abin Paralela”, saudoso do Serviço Nacional de Informações, utilizado para perseguições na ditadura. A prática de espionagem ilegal monitorava os próprios ministros do STF e autoridades públicas de oposição.
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