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Outras apreensões menores foram realizadas em Feira de Santana (13.500 fogos irregulares), Serrinha (7 mil unidades) e Cruz das Almas (mais de 3,2 mil). O objetivo da operação é combater o comércio e o armazenamento de fogos clandestinos, coibir a venda dessas mercadorias e combater as práticas criminosas associadas à produção irregular desses produtos. Além da Polícia Civil, outros órgãos como o Corpo de Bombeiros Militar e o Exército Brasileiro também participam da ação.Vendas em SalvadorNa capital baiana, após um período de espera maior que o de outros anos, pela Feira de Fogos de Artifício, os materiais começaram a ser comercializados na Av. Paralela. O motivo para o atraso nas vendas foi um desafio logístico: falta de terreno adequado para comercialização dos produtos.Após muita procura, o local escolhido foi o já tradicional ponto na Av. Paralela, que só poderia ser usado após a interrupção das atividades do Circo Kroner, que também está no local este ano.Além do atraso no início da comercialização dos fogos, a presença do circo gerou uma redução no número de barracas, que de 10 passaram a ser 7, para manter a distância de 50 metros da atração, que é necessária por segurança.Os comerciantes do local contam que estão atentos a maior fiscalização das forças públicas e que buscam manter seus negócios conforme todas as normas de segurança, o que inclui apenas vender materiais credenciados. Nada de produtos de origem clandestina.“Ainda não passamos por essa vistoria dos produtos, mas estamos acompanhando o que vem acontecendo em outros municípios, como produtos sem nota fiscal e uso de mercadorias clandestinas. Usamos tudo isso para ficarmos mais atentos aqui, porque a feira Salvador hoje é a feira modelo”, diz o blaster pirotécnico da Associação dos Comerciantes de Fogos de Artifício de Salvador (Acomfart) e empreendedor do Xuxa – O Rei dos Fogos, Hernan Cunha.Perda ou ganho?Com base em sua experiência de 15 anos de trabalho com fogos, Hernan conta que o atraso de mais de 10 dias para o começo das vendas deve gerar uma perda de faturamento de 35% para seu negócio. A expectativa original para o período de junho era de um crescimento de 20% em comparação com o rendimento no mesmo período do ano passado. Ele ressalta ainda que todas essas dificuldades devem atingir o bolso do consumidor, inclusive por conta da alta demanda agora que o comércio passou a funcionar.“Infelizmente o consumidor final vai ter que disponibilizar um pouco mais do valor para poder pagar nesse produto por conta de toda essa problemática que se gerou por conta do atraso do funcionamento da feira”, comenta. Ele aponta que os dois carros-chefes do estabelecimento, o track de massa e o de riscar, devem ter um aumento de 20% e 25%, respectivamente, para o cliente final.Já o presidente da Acomfart, Paulo Andrade, aponta que o atraso no início das vendas não deve afetar tanto os comerciantes, porque a maior procura costuma acontecer justamente na véspera do São João. Ele pontua também que o menor número de comerciantes no local este ano deve ajudar a compensar o período perdido e inclusive, trazer crescimento. Além de comentar que não há necessidade para aumento dos preços. Paulo ressalta que a feira atua com todos os alvarás necessários para funcionamento.