Como receber dividendos mensais com 4 ações e qual a função dos FIIs

A busca por dividendos mensais é um dos principais objetivos de investidores que desejam gerar renda passiva. Mas será que é possível alcançar essa meta mantendo uma carteira com apenas quatro ações? Essa foi a primeira pergunta respondida em um vídeo publicado no canal “Conteúdo Diário de Ações e Dividendos”.

O investidor compartilhou sua experiência real: mesmo com uma carteira enxuta, composta por quatro ações — excluindo uma posição recente na BB Seguridade (BBSE3) —, ele conseguiu receber dividendos todos os meses durante quase um ano.

De acordo com os dados apresentados, os pagamentos começaram em agosto de 2023 e seguiram de forma consistente até junho de 2024. O único desafio identificado é o mês de julho, que costuma não ter pagamentos recorrentes em sua carteira atual. Segundo ele, isso poderia ser resolvido adicionando empresas que tradicionalmente distribuem dividendos nesse mês, como Itaúsa (ITSA4), B3 (B3SA3) ou Alupar (ALUP11).

O investidor reforça que o mito de que é necessário ter 10 ou 15 ações para garantir dividendos mensais não se sustenta. Com uma boa seleção de empresas sólidas e consistentes, é possível construir uma carteira eficiente e com pagamentos regulares.

Dividendos mensais: vale a pena priorizar essa estratégia?

Na sequência, ele respondeu se realmente é necessário priorizar o dividendo mensal na construção da carteira. A resposta é direta: é importante, mas não deve ser o principal critério.

Ter dividendos frequentes oferece vantagens como mais oportunidades de reinvestir em momentos de mercado atrativos. Por exemplo, quem recebe dividendos 12 vezes ao ano tem mais chances de comprar ações em quedas do que quem recebe em apenas seis meses.

No entanto, ele alerta sobre o risco de escolher ações apenas pela data dos dividendos. Comprar uma ação cara, apenas para receber dividendos em um mês específico, pode ser prejudicial para o desempenho da carteira no longo prazo.

O foco deve ser sempre na qualidade dos ativos. O dividendo precisa ser consequência de uma empresa sólida, lucrativa e com capacidade de gerar caixa de forma sustentável.

Opinião sobre fundos imobiliários: quando faz sentido investir

Por fim, o vídeo aborda uma das perguntas mais recorrentes entre os seguidores: qual a visão sobre fundos imobiliários (FIIs)?

O investidor explica que gosta de FIIs, mas optou por focar em ações por estar na fase de construção de patrimônio, dado que começou a investir aos 18 anos e atualmente tem 22. Para quem ainda não vive de renda, ele acredita que as ações oferecem maior potencial de multiplicação do capital no longo prazo.

Entretanto, ele ressalta que os FIIs fazem todo sentido para quem já atingiu a liberdade financeira ou deseja previsibilidade de caixa. O exemplo citado é o da família de Décio Bazin, que após o falecimento do investidor, vendeu as ações herdadas e alocou o patrimônio em fundos imobiliários, buscando estabilidade e pagamentos mensais consistentes.

Enquanto os dividendos de ações podem oscilar bastante — podendo ser altos em um mês e quase nulos em outro —, os FIIs entregam uma renda mais estável e previsível, ideal para quem busca tranquilidade financeira.

O recado final é claro: priorize a qualidade dos ativos e tenha equilíbrio na construção da carteira. A busca por dividendos mensais deve ser natural, como consequência da seleção de boas empresas, e não uma obsessão que comprometa a estratégia.

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