Meta fez proposta bilionária a funcionários da OpenAI, mas ‘nenhum dos melhores aceitou’; entenda o porquê


CEO da OpenAI chamou as ofertas bilionárias da Meta de ‘loucura’ e disse que, mesmo assim, a empresa não é das mais inovadoras no setor de inteligência artificial. Logotipo da Meta Platforms, durante uma conferência na Índia, em 2023
REUTERS/Francis Mascarenhas
A Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, fez ofertas bilionárias na tentativa de contratar engenheiros da OpenAI, empresa responsável pelo desenvolvimento do ChatGPT — ao menos de acordo com Sam Altman, CEO da OpenAI.
Segundo ele, a gigante da tecnologia chegou a oferecer bônus individuais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 549 milhões), além de salários anuais no mesmo valor, para tentar convencer os profissionais a trocarem de empresa.
Considerando bônus e salário, cada proposta ultrapassava R$ 1 bilhão por profissional, com base na cotação atual.
“É uma loucura”, afirmou Altman em entrevista ao podcast Uncapped, apresentado por seu irmão Jack Altman.
“Estou muito feliz que, pelo menos até agora, nenhum dos nossos melhores profissionais decidiu aceitar”, completou o CEO da OpenAI.
Altman acrescentou que a Meta abordou “muitas pessoas” da equipe da OpenAI em sua tentativa de fortalecer sua área de inteligência artificial. Apesar de reconhecer qualidades na Meta, Altman afirmou que a empresa não se destaca pela inovação.
“Há muitas coisas que respeito na Meta como empresa, mas não acho que seja uma empresa muito boa em inovação”, opinou.
Até o momento, a Meta não comentou as declarações.
San Altman em entrevista ao podcast Uncapped, apresentado por seu irmão Jack Altman
Uncapped/ Youtube
Apesar de investir bilhões de dólares em inteligência artificial, a Meta ainda é vista como uma empresa que tenta alcançar as líderes do setor.
A versão mais recente de seu modelo Llama 4, lançada em abril, recebeu críticas por apresentar desempenho abaixo do esperado, especialmente na geração de códigos.
Para recuperar espaço, a empresa tem investido em parcerias estratégicas e contratações de destaque. Um dos movimentos mais relevantes foi o aporte na Scale AI, startup especializada na preparação de dados para treinar modelos de IA generativa.
A Meta também contratou profissionais de destaque da Scale, incluindo o CEO da empresa, Alexandr Wang.
Essas iniciativas evidenciam a crescente disputa por talentos no setor de inteligência artificial, onde (aparentemente) nem mesmo ofertas superiores a R$ 1 bilhão por profissional garantem sucesso na contratação.
Por que tantos profissionais preferem se demitir a deixar o home office?
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