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Em entrevista à CNN nesta terça-feira, 17, Grossi também comentou que, embora não fosse algo imediato, a possibilidade de o Irã desenvolver uma arma atômica não pode ser descartada: “Certamente, não era para amanhã. […] Mas isso é especulação”. No entanto, ele alertou que não se pode garantir que não haja atividades ocultas: “Se houvesse alguma atividade, que fosse clandestina ou oculta, ou longe dos nossos inspetores, não poderíamos saber”.As declarações foram duramente criticadas pelo Irã. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaiel Baqaei, acusou Grossi de agir politicamente, favorecendo Israel e os EUA: “Você obscureceu essa verdade em seu relatório absolutamente tendencioso […] como pretexto final […] para travar uma guerra de agressão contra o Irã”. Baqaei também afirmou que as ações da AIEA prejudicam os países signatários do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e questionou: “Você sabe quantos iranianos inocentes foram mortos/mutilados como resultado desta guerra criminosa?”A AIEA tem alertado que o enriquecimento de urânio pelo Irã ultrapassa os limites considerados seguros. Segundo relatório de 31 de maio, “o Irã é o único Estado sem armas nucleares no mundo que está produzindo e acumulando urânio enriquecido a 60%”, nível próximo dos 90% exigidos para armamento nuclear. O Irã, por sua vez, sustenta que seu programa é pacífico e que não busca desenvolver armas atômicas.