MFII11 paga R$ 1,11 em junho e mira lucros no Minha Casa Minha Vida

O MFII11, fundo de desenvolvimento imobiliário da Mérito, anunciou distribuição de R$ 1,11 por cota em junho de 2025, mantendo sua previsibilidade de rendimentos mesmo em um cenário macroeconômico desafiador.

O fundo, que possui patrimônio de R$ 625 milhões e cerca de 33 mil cotistas, se destaca por operar majoritariamente no programa Minha Casa Minha Vida, atuando na compra de terrenos, desenvolvimento de projetos e venda de imóveis residenciais.

Como funciona o MFII11?

Diferente dos fundos imobiliários tradicionais, o MFII11 é um fundo de desenvolvimento, ou seja, seu modelo de negócio consiste em:

  • Adquirir terrenos;

  • Financiar a construção de empreendimentos;

  • Vender os imóveis após a conclusão;

  • Redistribuir os lucros aos cotistas.

Por isso, este tipo de FII oferece rendimentos mais elevados, mas também envolve maior risco, já que está sujeito a atrasos, inadimplências, aumento de custos e outros desafios inerentes à construção civil.

Detalhes da distribuição de dividendos

  • Última distribuição: R$ 1,10 por cota

  • Próxima distribuição (junho): R$ 1,11 por cota

  • Expectativa para os próximos meses: manutenção em patamares semelhantes, na faixa de R$ 1,10 a R$ 1,11, de acordo com o ritmo das obras e dos recebíveis.

O fundo divulga regularmente as projeções para os três meses seguintes, oferecendo mais previsibilidade aos investidores.

Carteira atual do MFII11

A carteira do MFII11 está assim distribuída:

  • 63% em obras: fase de maior risco, mas também de maior geração de valor no futuro.

  • 21% em ativos concluídos: menor risco e já gerando retorno.

  • 16% em landbank: terrenos que ainda serão desenvolvidos.

Foco dos projetos:

  • 55% em incorporação residencial (predominantemente Minha Casa Minha Vida).

  • 45% em urbanização.

O padrão dos empreendimentos é majoritariamente econômico:

  • 48% no segmento de baixo custo;

  • 45% no médio padrão;

  • Apenas 7% em médio-alto ou alto padrão.

Rentabilidade histórica

Desde o seu lançamento, o MFII11 acumula 326% de rentabilidade, superando o CDI e o IFIX no longo prazo. No entanto, nos últimos 12 meses, o fundo apresentou desempenho negativo, reflexo do ciclo de obras em andamento, que exige desembolso antes da entrada de receita.

A rentabilidade desse tipo de fundo não é linear: períodos de maior consumo de caixa (obra) são seguidos de ciclos de geração de caixa (venda dos imóveis).

Exposição a riscos relevantes

O maior ponto de atenção na carteira atual é a exposição elevada à empresa Cortel, que representa quase 30% do portfólio. Essa operação vem apresentando deterioração de qualidade de crédito, o que exige monitoramento constante pelos investidores.

Além disso, por ser um fundo de desenvolvimento, existem os riscos operacionais naturais, como:

  • Atrasos em obras;

  • Variações no custo dos materiais;

  • Dificuldade na venda dos imóveis;

  • Riscos de crédito nos financiamentos realizados.

Custos e taxas do fundo

O MFII11 possui uma taxa de administração de 2% ao ano, bem acima da média dos fundos imobiliários tradicionais, que costumam girar entre 1% e 1,2%.

Essa taxa mais elevada é justificada pelo alto nível de gestão ativa, necessidade de captação de terrenos, acompanhamento de obras, gestão de riscos e análise permanente de viabilidade econômica.

Pipeline e expectativas futuras

Atualmente, o fundo possui:

  • R$ 176 milhões já investidos em obras;

  • R$ 245 milhões ainda a investir.

O cronograma dos projetos indica que o MFII11 está praticamente na metade do ciclo atual de desenvolvimento, o que significa que há grande potencial de geração de caixa nos próximos anos, especialmente entre 2026 e 2030, quando diversos empreendimentos serão concluídos e vendidos.

As projeções de fluxo de caixa indicam crescimento constante dos retornos, acompanhando a evolução natural das entregas e da valorização dos ativos.

Vale a pena investir no MFII11?

O MFII11 oferece uma proposta interessante para investidores que:

  • Buscam dividendos acima da média;

  • Aceitam um nível de risco maior, típico de fundos de desenvolvimento;

  • Têm horizonte de investimento de médio a longo prazo, pois os ciclos de obra, venda e geração de caixa podem levar anos.

Por outro lado, não é um fundo recomendado para quem:

  • Precisa de renda imediata, constante e estável;

  • Tem perfil conservador, avesso a riscos operacionais ou de crédito.

O MFII11 segue sendo um dos principais fundos de desenvolvimento do mercado brasileiro, com foco claro no programa Minha Casa Minha Vida, alta geração de valor nas operações e dividendos robustos no médio prazo.

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