
Agricultores do interior de São Paulo têm investido na plantação de urucum, uma planta com fácil adaptabilidade com o clima e manejo prático. Clima ideal, manejo simplificado e preços melhores, agricultores tem investido em platações de urucum
Reprodução/TV TEM
Com uma cor intensa que é usada tanto na culinária como também em cosméticos e tintas, o urucum vem ganhando espaço nas pequenas propriedades do estado de São Paulo. Em Castilho (SP), agricultores trocaram a pecuária pelo cultivo da planta.
Éder Freitas, por exemplo, trocou as vacas de leite pelo urucum. “Quando a gente lidava com vacas, não tínhamos nem um carro. Hoje, temos casa, trator, carro e liberdade sem precisar ficar preso em ter que cuidar a todo instante das vacas. Com a vaca, você não podia nem ficar doente”, relata.
No sítio da família, o agricultor tem mais de 30 mil pés plantados em 20 hectares. Segundo ele, no ano passado foram colhidas aproximadamente oito toneladas, e a expectativa para esta safra é quase o dobro. O preço, no entanto, preocupa.
“Ano passado chegou a R$25. Hoje tá em R$15, R$16. A gente torce pra chegar a R$ 20, pelo menos, por causa do custo de produção”, afirma Éder. A colheita é manual e os frutos precisam secar ao sol por até 20 dias antes de seguir para a indústria.
Pedro Duarte Boaventura, engenheiro agrônomo, destaca que essa colheita de sucesso é devido às combinações entre o clima favorável, baixo custo de manutenção e mercado garantido.
“A planta se adaptou, tem quem compre, e a agricultura familiar consegue se manter. Imagina mil pés produzindo por ano, dá um salário bom. É isso que atrai”, explica.
Urucum está no pico de colheita no interior de SP
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