O fundo imobiliário HSLG11, gerido pela HSI Real Estate, segue entregando resultados consistentes em 2025. Com vacância zerada, o fundo mantém distribuição de R$ 0,65 por cota, segundo o relatório gerencial mais recente. Além disso, a gestora atualizou os investidores sobre o avanço das obras do novo galpão do Mercado Livre, localizado na região de Curitiba, que já se encontra 80% concluído.
O fundo opera atualmente com valor patrimonial de R$ 103,00 por cota, enquanto no mercado secundário as cotas são negociadas na faixa dos R$ 80,00, apresentando um desconto de aproximadamente 22% sobre o valor patrimonial.
Dividendos e impactos das despesas extraordinárias
O HSLG11 mantém a distribuição recorrente de R$ 0,65 por cota desde o início do semestre. No entanto, a retenção parcial de rendimentos registrada nos últimos meses foi justificada pela necessidade de pré-pagamento de juros acumulados de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da carteira.
De acordo com a gestora, esse pré-pagamento, no valor de R$ 0,13 por cota, teve como objetivo reduzir encargos financeiros, gerando uma economia estimada de R$ 0,02 por cota ao longo dos próximos 12 meses.
Essa despesa não recorrente impactou diretamente as reservas do fundo. A reserva financeira, que era de R$ 1,60 por cota, caiu para R$ 0,86 após essa operação.
Desempenho operacional e contratos
O portfólio do HSLG11 permanece com vacância zero desde novembro de 2024, com todos os imóveis 100% ocupados. O reajuste dos contratos indexados à inflação impactou positivamente a receita. Um dos destaques foi o ativo Log Dutra, que teve o valor de locação reajustado de R$ 22,80 para R$ 23,40 por metro quadrado.
Com isso, o valor médio dos contratos do fundo subiu de R$ 25,20 para R$ 25,50 por metro quadrado. Atualmente, a maior parte da receita é proveniente de contratos típicos e atípicos com reajuste pelo IPCA.
O fundo mantém seis imóveis em operação, localizados estrategicamente em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Amazonas e com destaque para o novo centro logístico do Mercado Livre em construção na região de Curitiba.
Atualização das obras do Mercado Livre
A obra do galpão logístico do Mercado Livre já está com 80% de avanço físico. O imóvel, localizado na região de Curitiba, faz parte da estratégia do fundo para aumentar a geração de receita e diversificar a base de locatários.
O projeto está na fase de finalização das estruturas externas e fechamento do galpão. A previsão é de conclusão total ainda no segundo semestre de 2025.
Estrutura de endividamento e riscos
O HSLG11 possui uma alavancagem financeira relevante. O caixa do fundo corresponde atualmente a 19,9% do patrimônio, com concentração de dívidas que terão vencimento expressivo em 2028.
Apesar da estrutura robusta dos imóveis e contratos de longo prazo, o vencimento dessa dívida mais pesada exige atenção dos investidores, sobretudo no contexto de juros elevados.
Liquidez e participação acionária
Embora seja um fundo bilionário em patrimônio, a liquidez média diária do HSLG11 é de aproximadamente R$ 500 mil, considerada baixa para fundos desse porte. Isso ocorre devido à concentração acionária, em que um investidor institucional detém uma participação relevante, reduzindo a quantidade de cotas disponíveis no mercado secundário.
Perspectivas para reajustes e receitas
Os próximos reajustes contratuais mais expressivos estão concentrados nos meses de setembro a dezembro de 2025. Até lá, os reajustes previstos são pontuais, impactando uma parcela menor da receita.
A vacância segue zerada, e não há previsão de saídas de locatários no curto prazo, dado que os imóveis estão bem localizados e atendem grandes empresas, como Mercado Livre e outros players logísticos.
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