Raul Seixas completaria 80 anos e ganha série inédita no Globoplay

Série de ficção tem oito episódios que mergulham na trajetória de Raul nos palcos, interpretado pelo ator Ravel Andrade. Raul Seixas: 80 anos do pai do rock
Raul Seixas, um dos maiores nomes da música brasileira, completaria 80 anos neste mês. Ícone do rock nacional, o artista é lembrado por sua irreverência, autenticidade e letras que misturam crítica social, misticismo e humor. Para celebrar a data, o Globoplay lança a série “Raul Seixas: Eu Sou”, que mergulha na vida e na obra do cantor.
A série, com oito episódios, mostra desde os bastidores da carreira até momentos íntimos do artista. No Fantástico, da TV Globo, a repórter Renata Capucci conversou com familiares, amigos e parceiros de Raul, além de apresentar trechos inéditos da produção. O ator Ravel Andrade interpreta Raul na ficção e destaca a complexidade do personagem: “Ele finalmente pode ver um disco voador de verdade”, brinca.
“Foi muito legal poder entrar nesse processo. de dentro da cabeça do Raul, eu acho que o Paulo e o Pedro e toda a equipe conseguiram recriar essas histórias, muitas que a gente não sabe o que aconteceu de fato, o que não aconteceu, mas a série nos permite mostrar que tudo aconteceu”, comenta Ravel.
Fora dos palcos, Raul era um homem tímido e afetuoso, segundo relatos da ex-mulher Kika Seixas e da filha Vivian.
“Raul era uma pessoa tímida, canceriano, tímido, super bem educado, falava baixinho, muito amoroso, muito… Um homem de família”, conta Kika.
Vivian lembra das brincadeiras do pai, como o personagem Capitão Garfo, que roubava suas bonecas e escondia no congelador.
“As poucas lembranças que eu tenho do meu pai, mas que são lembranças muito gostosas de criança, porque quando ele faleceu eu tinha oito anos de idade. Então ele tinha esse personagem, que era o Capitão Garfo, que era o primo do Capitão Gancho”, diz Vivian. “então ele escondia a mão na manga, com o garfo aparecendo, e a onda dele era roubar minhas bonecas e botar no congelador”, complementa.
Desde criança, Raul guardava tudo em um baú. O baú existe até hoje e guarda cadernos, desenhos e objetos pessoais.
“Era um baú que eu tinha, enorme. que eu levava tudo pra outro lugar. Eu tinha maneira de guardar. Por exemplo, o primeiro chiclete que eu masquei em minha vida, eu tenho grudado, sabe? Tudo eu guardava no baú, no baú enorme. Eu guardava tudo, guardava não sei pra quê. Talvez eu queria me perpetuar, historicamente, sei lá”, disse Raul Seixas em entrevista com Pedro Bial.
A parceria com Paulo Coelho rendeu clássicos como “Gita” e “Sociedade Alternativa”. Em entrevista ao Fantástico, o escritor relembra a relação intensa com Raul.
“A gente vivia brigando, havia uma extrema competição entre a gente para ver quem era o mais inteligente, o mais brilhante, o mais capaz de fazer alguma coisa. E era isso. Mas, enfim, não me lembro de nenhum dia eu ter sentado com o Raul e ter feito uma coisa tranquila. Era sempre… Era meu melhor inimigo. Vamos botar assim. Meu inimigo íntimo”, revela Paulo Coelho.
A música “Gita”, inspirada no livro indiano Bhagavad Gita, nasceu de uma conversa entre os dois. “Saiu em cinco minutos”, lembra Paulo. A canção foi o primeiro clipe de Raul exibido no Fantástico, em 1974. Ao todo, foram 13 clipes apresentados no programa.
Raul morreu em 1989, aos 44 anos, após uma pancreatite fulminante.
“O Raul, ele morreu de alcoolismo e quem tem na família ou já teve ou conhece, é um drama que não é só para a pessoa, é um drama que envolve a família toda. Então, eu vi, eu fui testemunha. desse Raul maravilhoso, desse Raul do bem, dessa pessoa gentil, se deteriorando”, lembra Kika.
A nova geração também celebra Raul. Um álbum com seis artistas homenageia os 80 anos do cantor. “Ele não é só um cantor de rock, é um pensador popular”, afirma Rodrigo Suricato, produtor do projeto. O cantor Baia reforça: “É uma obra atemporal, um tesouro da música brasileira”.
Vivian Seixas encerra com uma lembrança marcante: “Ele dizia que não tinha medo de morrer, mas de ser esquecido”. Com tantas homenagens e uma obra que atravessa gerações, Raul Seixas segue presente na memória e na cultura do Brasil.
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