Ibovespa recua dólar cai Selic sobe a 15 e Fed mantém juros

Na semana que encerrou em 21 de junho de 2025, o mercado financeiro brasileiro viveu fortes oscilações. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, fechou em queda de 0,43%, aos 137.212 pontos, pressionado por aversão ao risco global e incertezas fiscais no Brasil.

O dólar, por sua vez, teve leve recuo, permanecendo abaixo de R$ 5,50, o que trouxe certo alívio momentâneo ao mercado cambial.

Ibovespa recua dólar cai Selic sobe a 15 e Fed mantém juros

Copom surpreende e eleva Selic para 15% ao ano

O destaque da semana foi a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que surpreendeu o mercado ao elevar a Selic para 15% ao ano, acima da expectativa, que era de manutenção em 14,75%.

Com essa decisão, o Brasil passa a ter a segunda maior taxa real de juros do mundo, atrás apenas da Turquia, e superando países como Argentina, Rússia e Ucrânia.

A média mundial de juros reais é de 1,6% ao ano, enquanto o Brasil agora opera com uma taxa real de aproximadamente 9,7% ao ano, o que reforça o peso dos juros sobre o crédito, consumo e investimentos.

Apesar da alta, o comunicado do Banco Central sinalizou a possibilidade de uma pausa no ciclo de aperto monetário nas próximas reuniões, dependendo do comportamento da inflação e do quadro fiscal.

Medida provisória de Haddad pressiona mercados

Outro fator que gerou desconforto no mercado foi a tramitação da nova MP do ministro Fernando Haddad, que prevê a tributação de 5% sobre ativos hoje isentos, além de mudanças na cobrança de impostos sobre outros investimentos.

O texto enfrenta resistência tanto no mercado financeiro quanto no Congresso Nacional, e há dúvidas se o governo conseguirá aprovar a proposta na íntegra.

Nos EUA, Fed mantém juros e projeta cortes

No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, manteve a taxa básica de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, conforme esperado.

O Fed também sinalizou a possibilidade de até dois cortes na taxa de juros ainda em 2025, mesmo sob pressão do ex-presidente Donald Trump, que defende cortes mais rápidos para estimular a economia americana.

Expectativas para esta semana

Para os próximos dias, os investidores acompanham:

No Brasil, o impacto do aumento da Selic no crédito e no consumo, além de movimentações eleitorais.

No exterior, as atenções estarão voltadas para o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, e seus possíveis efeitos nos mercados globais.

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