O artista e designer Jay Boggo leva à terceira edição da Brasília Design Week a instalação “Roda de Cura”, que integra a exposição “Horizonte em Risco”. O evento acontece de 17 a 24 de junho de 2025, no Museu Nacional da República.

Instalação convida à escuta e ao acolhimento
Inspirada em rituais de rodas de fogo presentes em aldeias ancestrais, a obra propõe uma vivência de escuta, regeneração e pertencimento. No centro, uma escultura remete às gamelas indígenas — símbolo de partilha e permanência. Ao redor, quatro bancos formam um círculo, evocando a força do fogo e dos encontros coletivos.

Materiais sustentáveis e técnicas ancestrais
Jay Boggo utilizou madeira reaproveitada de Tatajuba, proveniente do Pará. Em seguida, aplicou a técnica japonesa shou sugi ban, que carboniza a madeira e revela suas texturas orgânicas. Com isso, o acabamento reforça o vínculo entre memória, resistência e sensorialidade.
Além disso, a produção contou com a parceria da empresa Vedac Vestígios, referência em design regenerativo e manejo sustentável de madeira.

Arte que conecta afetos e territórios
A instalação reafirma o compromisso de Jay com temas como ancestralidade, transformação e permanência. Segundo o artista, expor no Museu da República representa um ponto de encontro entre suas raízes e seus afetos:
“Sou do sul, moro em São Paulo, trabalho no Mato Grosso e no Pará, e tenho um companheiro de Minas. Essa conexão entre lugares, histórias e vínculos me move. Quero, com meu trabalho, servir o Brasil que eu amo e onde escolhi viver”, afirma.

Brasília como polo criativo e simbólico
Com o tema “Memória, Design e Futuro”, a Brasília Design Week fortalece o título de Cidade Criativa concedido pela UNESCO. Nesse cenário, a obra de Jay entrelaça tradição e inovação. Ao olhar para o passado, ele projeta um futuro baseado na escuta, na cura e na valorização dos saberes ancestrais.

O post Jay Boggo propõe experiência de cura e escuta ancestral em instalação na Brasília Design Week 2025 apareceu primeiro em RSVP.