Pré-candidato ao governo de Minas, Mateus Simões espera apoio do PSD

Pré-candidato ao governo de Minas, o vice-governador Mateus Simões disse que espera o apoio do PSD e que está disposto a conversar com o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, caso Rodrigo Pacheco, seu principal adversário, deixe o partido. A declaração foi dada nesta segunda-feira (23), durante café da manhã com jornalistas de alguns dos principais veículos da capital mineira em que o BHAZ esteve presente. Simões falou ainda sobre o reajuste para os servidores públicos e detalhou a medida do governo de tornar pública, pela primeira vez em dez anos, uma lista com cerca de 7 mil empresas que recebem benefícios fiscais do governo.

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Aliança com o PSD

Na avaliação de Mateus Simões, não faz muito sentido que o PSD, que caminha com a direita em estados como São Paulo e Paraná, se alinhe à esquerda, embora tenha classificado a experiência do partido na Bahia, onde integra o governo de Jerônimo Rodrigues (PT), como uma “esquerda tímida”. Mais do que uma ~questão de conversa, na visão de Simões, é uma questão de “lógica partidária”.

O vice-governador disse que espera a saída de Rodrigo Pacheco para dialogar com Gilberto Kassab. Ele afirmou que, caso isso ocorra, será o primeiro a conversar com o presidente nacional da legenda por uma aliança. Pacheco é considerado até agora o principal adversário de Simões e, há alguns dias, foi instado ao posto de candidato pelo presidente Lula, que apoia o nome de Pacheco e o elogiou em visita recente ao estado. “Se eu tinha alguma dúvida de um cara que pode ser governador de Minas Gerais, eu saio daqui com a certeza que já temos um governador para Minas Gerais”, disse Lula.

Ao comentar sobre as chances em relação a Rodrigo Pacheco, Simões defendeu que, a seu favor, pesa o fato de que tem hoje menos rejeição do que o adversário político e que ainda não é muito conhecido.

Mateus lembrou que, em Minas Gerais, já há uma “boa relação” com a sigla, que tem votado com o governo em projetos importantes na Assembleia Legislativa e minimizou o fato da legenda integrar o governo federal. Para ele, experiências semelhantes ocorrem com o PP e o União Brasil, que formaram a coligação de Zema em 2022, embora também façam parte da base de Lula. Questionado sobre a possibilidade, inclusive, de mudança para o PSD, Simões não admitiu, mas também não descartou essa chance.

União da Direita

Mateus Simões disse que espera atrair nomes que não estiveram com ele e Zema das outras vezes e, com isso, unir a direita em Minas Gerais em torno do seu nome. O vice-governador afirmou que mantém ótima relação com Cleitinho (Republicanos) e Nikolas Ferreira (PL), nomes que poderiam se candidatar pelo mesmo espectro político.

Na composição partidária para 2026, Simões admitiu que trabalha por uma aliança que considere seu apoio a um nome do PL para o Senado e outra vaga para a federação PP e União Brasil, possivelmente indicando Marcelo Aro.

Em relação ao nome para vice-governador, disse acreditar que para Cleitinho não seria bom a vaga, já que tem garantido o cargo de senador até 2031 e que ela pode ser ocupada por nomes como Alex Coelho Diniz, Eros Biondini ou Domingos Sávio.

Servidores públicos

Questionado sobre a relação com os servidores públicos, que atualmente pleiteiam um reajuste, Simões admitiu o desgaste por ser quem conversa com as categorias e tenta explicá-las sobre a impossibilidade de aumento diante da falta de recursos financeiros do estado. O vice-governador, no entanto, condicionou esse reajuste à derrubada dos vetos do governo federal ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).

O governo aposta que a derrubada dos vetos, entre eles, a que retirou a condição de refinanciamento das dívidas com outras instituições financeiras que têm a União como garantidora, como ocorria no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), é “o que vai garantir um equilíbrio fiscal mais duradouro para o Estado nos próximos anos”. A análise dos vetos, no entanto, foi adiada em Brasília.

Servidores da Segurança Pública reivindicam recomposição salarial, diante do que consideram uma perda inflacionária de mais de 44% nos últimos dez anos, sendo 10,9% só nos últimos três anos.

Maior transparência

Mateus Simões também detalhou a iniciativa do governo de Minas Gerais de divulgar, pela primeira vez em 10 anos, lista com informações classificadas como “ultrassecretas” de empresas beneficiadas por regimes especiais de tributação, bem como os valores isentos. O vice-governador avalia essa como uma medida de transparência do governo de Minas em relação à resolução que estabelecia uma restrição de acesso de 25 anos.

De acordo com Simões, são cerca de 7 mil empresas que não perderão esses benefícios, mas que, agora, poderão ser consultadas por qualquer cidadão em base de dados que será lançada nos próximos dias.

“Transparência é um dos principais pilares desta gestão. E dar publicidade a estas informações, que nunca foram divulgadas antes, é mais um passo importante para consolidarmos uma gestão ética e responsável com a administração pública”.

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