Em 2024, 68.841 mil brasileiros tiveram sua cidadania italiana reconhecida. O dado faz parte de um total de 113.221 cidadanias atribuídas a descendentes de italianos residentes no exterior, segundo levantamento do Istat, e divulgado nesta semana, conforme o Il Sole 24 Ore.
No total, 340.297 pessoas obtiveram a cidadania italiana, sendo 126.299 fora da Itália. A maior parte das cidadanias no exterior foi por ius sanguinis (direito de sangue), principalmente a descendentes de emigrantes na América do Sul.
Reconhecimentos por descendência
Foram 140.735 cidadanias por descendência. Destas, 113.221 foram destinadas a pessoas que vivem fora da Itália. Os principais beneficiários vivem no Brasil (60,8%) e na Argentina (22,3%), países com forte histórico de imigração italiana.
Entre os estrangeiros residentes na Itália, 213.998 adquiriram a cidadania em 2024, um aumento de 68% em relação a 2019. A maioria dos casos (90.709) se refere a aquisições por tempo de residência.
Mudanças na legislação
O Decreto-Lei 36/2025 restringiu o reconhecimento automático a filhos e netos de italianos. Ainda assim, o volume de pedidos anteriores à nova norma garantirá um número alto de reconhecimentos nos próximos anos. Em tribunais como o de Veneza, por exemplo, há audiências marcadas até 2028.
Entretanto, ainda existem milhares de ações sendo protocoladas com fundamento na evidente inconstitucionalidade da nova legislação.
Mesmo com as limitações da nova legislação italiana, 899 famílias de descendentes de italianos apresentaram ações no mês de maio apenas no Tribunal de Veneza – com uma média de 5 a 7 requerentes por ação.
Outras formas de aquisição
Além do ius sanguinis, outras 20.600 cidadanias foram concedidas por casamento, 14 mil por eleição (aos 18 anos, para nascidos na Itália) e 61 mil a menores de idade. No exterior, 9.416 cidadanias foram para menores e 3.662 por casamento, maioria de mulheres
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