Del Feliz atribui lotação no Pelourinho ao resgate da tradição

Um dos forrozeiros mais conhecidos da Bahia, o cantor Del Feliz foi uma das atrações que passaram pelo São João da Bahia no Pelourinho, centro histórico de Salvador. Com um show repleto de clássicos do forró, o artista agitou uma multidão que passava pelo local.Entretanto, o Pelourinho ficou pequeno para a quantidade de pessoas que queriam curtir as apresentações dos artistas. O lugar sofreu com a superlotação e muita gente ficou de fora da folia junina, pois não conseguiu ter acesso ao espaço onde os shows aconteciam.Em entrevista a reportagem do portal A TARDE, Del afirmou que a superlotação é um recado de que o público quer que o São João volte a ter artistas de forró em sua grade de atrações.“Eu sempre acho que a gente precisa elogiar o governo do estado por fazer uma mega estrutura no Parque de Exposições, com grandes atrações, e também em Paripe. Porém, o que foi motivo de elogio para mim, particularmente, foi a estrutura da grade do Pelourinho”, disse ele.“A grade acabou jogando uma luz enorme em tudo que a gente vem falando, sobre o que é que as pessoas realmente querem no São João. Isso ficou muito nítido, cristalino demais e o sucesso de público ali não deixa nenhuma dúvida”, afirmou.Tradição é tradiçãoDurante o bate papo, o artista ainda reforçou que o sucesso do São João no centro histórico é resultado de que a tradição deve ser mantida e que os contratantes precisam colocar as grades dos eventos juninos com 90% de forró.

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“Ontem fiz o show praticamente encerrando ali. Apesar de estar tarde e chovendo, a praça estava lotada e durante todos os dias de São João no Pelourinho foi assim”, confessou.“Eu meio que já havia previsto isso porque a grade do Pelourinho não se comparava a nenhuma grade de outra cidade do Brasil, do São João do Brasil. Era uma grade muito imponente do ponto de vista cultural, da nossa música raiz, a essência do São João”, completou.“Essa luz nos deixa muito esperançosos porque reforça para todos os organizadores e governantes quanto a festa junina, apesar de ter sido espetacularizada, ainda guarda essência e força na sua originalidade. As pessoas querem dançar forró e se divertir na festa original”, reforçou.Público pede mudança de localApesar da declaração do forrozeiro, boa parte do público que estava presente durante a festa no Pelourinho confessou que os artistas precisam ser distribuídos em outras áreas do centro histórico, a fim de evitar a superlotação.  Em entrevista a equipe do A TARDE, durante a cobertura do evento, Vaneide Lima explicou que não conseguiu ver uma de suas bandas favoritas, Falamansa, na segunda, 23, devido a dificuldade de passar pelo portal de acesso do evento.“Dá para receber pessoas, mas precisa organizar mais. Colocar as bandas mais distribuídas, tanto em cima, quanto aqui embaixo. Aqui superlotou no Largo do Pelourinho. Ontem eu passei quase uma hora na fila pra entrar. Eu adoro Falamansa, mas não consegui pegar a banda”, disse ela.“As atrações principais ficaram aqui no Largo, mas poderiam colocar lá em cima também pra poder distribuir mais o público. Dois lugares que eu acha que poderiam receber são a Praça Castro Alves e o Santo Antônio Além do Carmo”, sugeriu. Já a a jovem Clara Luiza entende que o Pelourinho é totalmente estruturado para seguir recebendo eventos juninos de grande porte. Para ela, não há necessidade de abrir um novo espaço. “Já tem no Parque de Exposição, Paripe… O Pelourinho tem estrutura, é o nosso ponto turístico, não acho um lugar ruim para o São João. Não está cheio, dá para ficar em família, tudo certinho. Se abrir um novo espaço eu acho que ficaria sem público, porque são pontos específicos”, afirmou.

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