VGIR11 distribui R$ 0,12 por cota e pode elevar dividendos em 2025

O fundo imobiliário VGIR11 (Valora CRI Índice de Referência), gerido pela Valora Investimentos, distribuiu R$ 0,12 por cota no mês de maio de 2025, mantendo estabilidade no patamar de rendimentos mensais. O fundo tem 100% de seus ativos alocados em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) atrelados ao CDI, o que o favorece diretamente no atual cenário de taxa Selic a 15% ao ano.

Negociado em bolsa a aproximadamente R$ 9,54, o fundo apresenta um desconto de cerca de 2% em relação ao preço justo estimado em R$ 9,76. O dividend yield anualizado é de 13,70%, com mais de 254 mil cotistas e liquidez média diária superior a R$ 5 milhões.

100% indexado ao CDI, o VGIR11 lucra com juros altos

Segundo o relatório gerencial de maio, o VGIR11 encerrou o mês com 107,7% do patrimônio líquido investido em CRIs, distribuídos em 59 operações. Todas as posições seguem indexadas ao CDI, sem exposição a IPCA.

Além disso, o fundo mantinha R$ 144,6 milhões em operações compromissadas reversas, com remuneração de CDI + 0,79%, o que reforça a rentabilidade da carteira sem alterar o perfil de risco.

Receita supera distribuição e fundo reforça reservas

Balanço de maio de 2025:

  • Receita total: R$ 20,77 milhões

  • Despesas: R$ 2,79 milhões

  • Resultado líquido: R$ 17,97 milhões

  • Valor distribuído: R$ 17,53 milhões

  • Provento: R$ 0,12 por cota

  • Reserva acumulada: R$ 0,02 por cota

Foi o terceiro mês consecutivo em que o fundo gerou mais receita do que distribuiu aos cotistas, o que permite acúmulo de reservas e eleva a expectativa de novo aumento nos proventos caso o cenário macroeconômico permaneça favorável.

Concentração de risco preocupa parte do mercado

Apesar dos rendimentos consistentes, o grau de concentração em certos devedores é apontado como ponto de atenção. Segundo o relatório, o fundo tem aproximadamente 20% do patrimônio líquido alocado em CRIs da construtora Helbor, distribuídos em múltiplas emissões.

Outros emissores relevantes na carteira incluem:

  • Technisa: exposição próxima de 6,4% do PL

  • Matarazzo: soma de cerca de 8% em dois CRIs

A prática da gestora de reforçar posições já existentes, em vez de diversificar para novos emissores, aumenta o risco de crédito, mesmo com o acompanhamento e parecer positivo da gestão quanto à saúde financeira da carteira.

Aquisições e recuperação de inadimplência

Em maio, o fundo adquiriu R$ 38,3 milhões em CRIs, todos já presentes na carteira, e, no início de junho, investiu mais R$ 5,8 milhões em quatro operações do portfólio atual.

A gestão também segue trabalhando na recuperação de crédito referente ao CRI da empresa Guararapes, que deixou de pagar parcelas. A estratégia adotada foi a tomada de garantias reais (terrenos), que estão em processo de regularização ambiental e jurídica para futura venda e compensação do valor inadimplido.

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