Deivid Lorenzo, reitor da Universidade Católica de Salvador (UCSal)
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O reitor ressalta ainda como a diversidade dos documentos permite refletir sobre a história e repensar o futuro do país.
Há registros de relações escravocratas, de gênero, etárias e étnicas, que revelam e ressignificam as dinâmicas sociais do nosso país.
Prof. Dr. Deivid Lorenzo – Reitor da UCSal
Carta de Alforria do escravizado Conrado concedida pelo Vigário Antônio Martins da Silva Teles (1887)
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Segundo Álvaro Pinto Dantas de Carvalho Júnior, coordenador do LEV: “A missão do laboratório é conservar essas obras que testemunham séculos de memória religiosa, social e política do Brasil.”Arquivos inéditos e marcos da história brasileiraEntre os documentos que compõem a exposição estão fotos, registros de denúncias e crimes, plantas de igrejas antigas do Brasil, partituras de música do século XIX, entre outros materiais inéditos.“Estamos sempre buscando promover exposições temáticas a partir dos achados do nosso acervo, valorizando a história da Bahia e do Brasil”, afirma Álvaro.
Álvaro Pinto Dantas, coordenador do LEV
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Um dos documentos mais antigos é um registro de batismo da freguesia de Nossa Senhora de Paripe. Além disso, a mostra apresenta registros sobre a atuação da Igreja no movimento de 2 de Julho, data símbolo da Independência da Bahia.
A Igreja atuou como força mobilizadora e legitimadora do processo libertário, influenciando líderes e a população local
Prof. Dr. Álvaro Pinto Dantas – Coordenador do LEV
Dantas ressalta ainda que a exposição busca também valorizar o papel da sociedade civil como um todo. “A Igreja esteve presente enquanto povo — ao lado dos indígenas, dos escravizados e de toda a sociedade — no enfrentamento dos grandes marcos históricos nacionais”, acrescenta.Momentos marcantes e personagens históricosA exposição também traz registros das leituras da Lei Áurea realizadas nas missas, para garantir que toda a população, inclusive os senhores de escravos, tivesse ciência do novo decreto. Além disso, destaca o período da Proclamação da República e a transição para o Estado laico.
Discurso de D. Luís Antônio dos Santos no dia da assinatura da Lei Áurea (13 de maio de 1888)
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Entre os destaques, está a certidão de Maria Quitéria, heroína baiana da Independência, e documentos que mostram a atuação de religiosos na defesa dos direitos dos escravizados, além dos debates internos da Igreja sobre a escravidão, refletindo as tensões da época.
Certidão de óbito de Maria Quitéria (1853)
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“Essa exposição é um convite ao público para conhecer mais profundamente a história do Brasil e da Bahia, por meio de documentos preservados pelo LEV, que ajudam a compreender a complexa relação entre religião e política nas grandes transformações do país”, conclui Álvaro Pinto Dantas de Carvalho Júnior, .Um convite ao conhecimentoA exposição é uma oportunidade rara para o público ter acesso a documentos inéditos e compreender, por meio dos registros da Igreja, a complexa relação entre religião, política e transformação social no Brasil.“O que oferecemos à comunidade é uma vivência histórica única, que une conhecimento, memória e reflexão. O LEV é o único laboratório de arquivo histórico da Bahia com esse porte e relevância”, destaca o reitor Deivid Lorenzo.Vestibular UCSal 2025.2 com inscrições abertasA UCSal está com inscrições abertas para os cursos de graduação com início no segundo semestre de 2025.“A experiência na UCSal vai muito além da sala de aula. É uma formação acadêmica de excelência, aliada à pesquisa, história e compromisso com a transformação social”, afirma o reitor.Mais informações e inscrições: https://inscricao.ucsal.br