A infertilidade afeta cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora esse número seja expressivo, os avanços da medicina reprodutiva oferecem hoje diversas soluções para quem deseja ter filhos.
Para esclarecer as possibilidades, o Dr. Rodrigo Rosa, ginecologista e especialista em reprodução humana, lista cinco tratamentos frequentemente indicados. Ele também explica em que contextos cada abordagem costuma funcionar melhor.
1. Tratamento clínico: o primeiro passo
De acordo com o médico, o tratamento clínico deve sempre anteceder os métodos mais complexos. “O estilo de vida influencia diretamente a fertilidade. Por isso, controlar o peso, adotar uma alimentação equilibrada, dormir bem e praticar atividades físicas regularmente são atitudes fundamentais”, afirma.
Essas mudanças aumentam as chances de uma gravidez espontânea e, além disso, preparam o corpo para responder melhor a outros tratamentos, caso sejam necessários.
2. Tratamento cirúrgico: remover obstáculos
Em muitos casos, há condições físicas que dificultam a gestação. Para essas situações, a cirurgia pode representar uma solução eficaz.
“Em mulheres, por exemplo, a remoção de miomas ou o tratamento cirúrgico da endometriose pode restaurar a fertilidade. Já nos homens, a correção da varicocele — que é a principal causa de infertilidade masculina — costuma melhorar significativamente a qualidade do sêmen”, explica o Dr. Rodrigo.
3. Coito programado: precisão no momento certo
Outra técnica bastante utilizada é o coito programado. Ele é indicado para casais com dificuldade em identificar o período fértil ou com ausência de ovulação.
Nesses casos, a ovulação é induzida ou monitorada com exames, e o casal recebe orientação para ter relações sexuais no momento ideal. “Isso aumenta muito as chances de sucesso, principalmente quando a mulher é jovem e apresenta boa saúde reprodutiva”, destaca o especialista.
4. Inseminação artificial: facilitando o encontro
Se houver alterações leves no sêmen ou disfunções ovulatórias, a inseminação artificial pode ser uma excelente alternativa. “Selecionamos os melhores espermatozoides e os introduzimos diretamente no útero, no momento exato da ovulação”, explica o médico.
Essa técnica costuma funcionar melhor em mulheres com até 37 anos. Depois dessa idade, as chances de sucesso diminuem, já que a qualidade dos óvulos também se reduz com o tempo.
5. Fertilização in vitro (FIV): alta tecnologia a favor da fertilidade
Entre todos os métodos disponíveis, a FIV é o mais avançado. Nesse processo, a fecundação ocorre em laboratório. Em seguida, o embrião é transferido para o útero da mulher.
Segundo o Dr. Rodrigo, “a FIV é indicada em diversos casos: obstrução das trompas, endometriose profunda, idade materna avançada, alterações graves no sêmen ou fatores genéticos.” Em alguns casos, é possível até realizar a seleção embrionária, aumentando as chances de uma gestação saudável.
Avaliação individual é essencial
Por fim, o médico reforça a importância de um acompanhamento especializado. “Cada casal possui características únicas. Portanto, apenas uma avaliação individualizada permite identificar o tratamento mais indicado”, finaliza o Dr. Rodrigo Rosa.
Fonte:Dr. Rodrigo Rosa – Ginecologista obstetra e especialista em reprodução humana. Diretor clínico da Mater Prime e do Mater Lab, em São Paulo. Membro da SBRA e da SBRH.
Instagram: @dr.rodrigorosa
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