O Ibovespa fechou em alta de 1,00% nesta quinta-feira (27), aos 137.113 pontos, impulsionado por um conjunto de fatores positivos no cenário interno e externo. A principal bolsa de valores brasileira foi favorecida pela divulgação do IPCA-15 de junho abaixo do esperado, fortalecimento das commodities, trégua geopolítica no Oriente Médio e expectativas de corte de juros nos Estados Unidos. O dólar comercial caiu 1,20%, encerrando o dia cotado a R$ 5,49.
Inflação abaixo do esperado anima investidores
O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, subiu apenas 0,26% em junho, abaixo da mediana das projeções do mercado. O dado surpreendeu positivamente os investidores, especialmente em um ambiente de juros elevados no Brasil, atualmente em 15% ao ano. A desaceleração da inflação foi atribuída, em parte, à valorização recente do real, que barateia produtos importados.
A combinação de inflação controlada e juros altos aumenta a atratividade da renda fixa brasileira, atraindo capital estrangeiro para o país e pressionando o dólar para baixo.
Commodities e geopolítica impulsionam ações de peso
O mercado externo também contribuiu para o desempenho positivo da B3. Os preços do petróleo e do minério de ferro subiram nos mercados internacionais, favorecendo ações de peso como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3). Além disso, a manutenção da trégua entre Israel e Irã reduziu o risco geopolítico global, aumentando o apetite por ativos de risco em países emergentes.
Trump sinaliza escolha antecipada para o Fed
Outro fator que pesou positivamente foi a expectativa de que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, anuncie antes do previsto o nome de seu indicado para presidir o Federal Reserve (Fed). A notícia foi interpretada como um possível sinal de mudança na política monetária americana, com aumento das apostas em cortes de juros ainda em 2025. Isso provocou uma desvalorização global do dólar, reforçando o movimento de queda da moeda também no Brasil.
Congresso derruba alta do IOF e favorece setor de varejo
No cenário doméstico, o Congresso Nacional derrubou a proposta de aumento do IOF, que vinha preocupando o mercado pelo impacto negativo na arrecadação fiscal. Apesar da perda estimada de R$ 10 bilhões em receitas, a medida foi bem recebida por analistas e investidores ao aliviar o custo do crédito para empresas, especialmente as do setor de varejo.
Empresas como Magazine Luiza (MGLU3), Natura (NTCO3), Vivara (VIVA3) e até a própria B3 (B3SA3) tiveram altas expressivas, superando os 4% no dia.
Fluxo estrangeiro favorece real e renda fixa brasileira
A queda dos juros nos EUA reduz a atratividade dos títulos do Tesouro americano, redirecionando parte do capital global para mercados com taxas mais altas, como o Brasil. Isso ajuda a explicar o recuo do dólar para R$ 5,49 e fortalece o apetite por ativos brasileiros, como renda fixa e ações de setores sensíveis à economia doméstica.
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