A Petrobras (PETR4) segue entre as empresas com maior capacidade de geração de proventos na Bolsa brasileira. Em 2025, a estatal deve continuar entregando dividendos robustos, com projeção de dividend yield na casa dos 13%, de acordo com dados da plataforma GuiaInvest PRO. A política de remuneração aos acionistas permanece atrelada ao fluxo de caixa livre e pode ser intensificada diante da necessidade de arrecadação do governo federal, controlador da companhia.
A projeção atual considera pagamentos ordinários. Caso haja dividendos extraordinários, como nos anos anteriores, o dividend yield pode superar os 20%, conforme cenário praticado entre 2022 e 2024.
Projeção de DPA e dividend yield para PETR4
A projeção de Dividendos por Ação (DPA) da Petrobras para o ano fiscal de 2025 é de R$ 4,80, valor calculado sem considerar proventos extraordinários. O valor médio histórico da estatal nos últimos cinco anos é de R$ 6,41 por ação, com pico em 2022, quando foram pagos R$ 16,73 por ação, incluindo dividendos extraordinários.
Com base na cotação atual de R$ 31,21 (PETR4), o dividend yield projetado é de 13% ao ano, podendo aumentar com novas deliberações do conselho. Em 2024 e 2023, a companhia distribuiu, respectivamente, R$ 7,90 e R$ 7,24 por ação.
Preço teto das ações PETR4 e margem de segurança
Com base nos dados da plataforma GF, o preço teto médio das ações preferenciais PETR4, considerando os dividendos históricos, está em R$ 106,00. Já o preço teto projetado com base apenas nos dividendos estimados para 2025 é de R$ 68,80.
A margem de segurança atual — diferença entre o preço teto médio e a cotação de mercado — é de 242%, indicando espaço relevante para valorização das ações em relação ao retorno via dividendos.
Base financeira sólida sustenta pagamentos
A Petrobras mantém posição financeira robusta. Em seu último balanço, a companhia reportou:
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Patrimônio líquido: R$ 495 bilhões
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Disponibilidades de caixa: R$ 26 bilhões
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Ativo total: mais de R$ 1 trilhão
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Valor de mercado: R$ 749 bilhões
A política de distribuição é baseada no fluxo de caixa livre, e não no lucro líquido, o que aumenta a previsibilidade dos pagamentos. A continuidade da política de endividamento controlado e o cenário internacional do petróleo — que recentemente se mantém entre US$ 66 e US$ 70 o barril — favorecem a geração de caixa.
PETR4 vs PETR3: liquidez e estratégia para o investidor
As ações PETR4 (preferenciais) e PETR3 (ordinárias) possuem proteção de tag along de 100%, ou seja, os direitos do minoritário são igualmente resguardados em uma eventual mudança de controle.
Entretanto, PETR4 apresenta maior liquidez e costuma ser preferida por investidores que operam opções ou buscam maior facilidade na negociação em Bolsa. Ambas pagam os mesmos valores de dividendos, sem distinção entre as classes.
Perspectivas para o segundo semestre de 2025
A expectativa para o segundo semestre de 2025 é de aumento no lucro operacional, especialmente com a melhora no cenário externo e maior estabilidade do preço do petróleo. Além disso, o governo federal, como acionista majoritário da Petrobras, tem interesse direto na distribuição de lucros — seja para reforçar o caixa da União ou melhorar a percepção fiscal junto ao mercado.
A combinação de fatores macroeconômicos, fundamentos sólidos e histórico de distribuição reforça o potencial da Petrobras como uma das principais pagadoras de dividendos da Bolsa brasileira em 2025.
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