Polícia diz que jovem de 17 anos usava roupas de marca e disfarces para se passar por morador e invadir prédios de luxo. Especialista aponta falhas comuns e como corrigi-las. Veja dicas de segurança após série de furtos cometidos por adolescente em SP
Após ser apreendido em junho, um adolescente de 17 anos é apontado pela Polícia Civil de São Paulo como autor de mais de 40 furtos a condomínios de alto padrão. Ele agia com roupas de marca, postura tranquila e fones de ouvido, o que o ajudava a se passar por morador ou visitante. O caso acendeu o alerta sobre falhas nos sistemas de controle de acesso e na rotina de portarias.
Como o adolescente agia
Imagens de câmeras de segurança mostram que o jovem observava o movimento e aproveitava momentos de distração para entrar nos prédios. Em muitos casos, ele se aproveitava de portões abertos por moradores ou interfonava se passando por neto ou parente de alguém. Chegou a usar disfarces como peruca, quipá e acessórios religiosos para parecer integrado ao ambiente. Quando interpelado, era convincente e até intimidador.
“Boa aparência, bem desinibido, aparentemente inofensivo. Ele se portava como um garoto rico”, disse o delegado Fabio Sandrin. “Ele falava: ‘meu pai vai te mandar embora’. Muitos porteiros se retraem e cedem”, completou.
O adolescente também fingia estar saindo de aplicativos de transporte, acenava para a guarita e não se apresentava formalmente. Em outros casos, contava com a ajuda de comparsas do lado de fora para forçar a entrada.
Como evitar este tipo de crime
Casos como esse expõem fragilidades comuns nos sistemas de segurança condominial. Segundo o advogado Márcio Rachkorsky, especialista em condomínios, algumas medidas simples podem reduzir significativamente o risco:
1. Oriente moradores a não permitirem acesso a terceiros
O famoso gesto de segurar o portão para “ajudar” alguém que está entrando pode colocar todos em risco. A recomendação é que cada pessoa entre individualmente, respeitando os protocolos de identificação.
2. Reforce o treinamento dos porteiros
Síndicos devem garantir que os funcionários estejam preparados para lidar com situações de pressão e tenham respaldo para negar acesso em caso de dúvida. O porteiro precisa ter autoridade e apoio da gestão do condomínio.
3. Padronize regras de identificação
Todos os visitantes devem ser devidamente identificados e autorizados por moradores. Alegações como “sou neto da dona Maria” não devem bastar. Mesmo pessoas bem vestidas e com boa lábia precisam seguir o protocolo.
4. Use a tecnologia a seu favor
Condomínios podem investir em câmeras com inteligência artificial, controle de acesso com biometria, portões com abertura dupla e sistemas de monitoramento em tempo real.
5. Mantenha boa comunicação entre moradores, síndico e portaria
Alertas sobre movimentações suspeitas, reforço de procedimentos e reuniões periódicas ajudam a manter todos atentos. A segurança começa com o comprometimento coletivo.
“O que acontece na prática é que os porteiros tomam carteirada o tempo todo. É preciso dar respaldo para que sigam o procedimento correto”, afirma Márcio Rachkorsky.
Adolescente que se passava por morador invadiu e furtou ao menos 40 apartamentos de luxo
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PRAZER, RENATA
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Após ser apreendido em junho, um adolescente de 17 anos é apontado pela Polícia Civil de São Paulo como autor de mais de 40 furtos a condomínios de alto padrão. Ele agia com roupas de marca, postura tranquila e fones de ouvido, o que o ajudava a se passar por morador ou visitante. O caso acendeu o alerta sobre falhas nos sistemas de controle de acesso e na rotina de portarias.
Como o adolescente agia
Imagens de câmeras de segurança mostram que o jovem observava o movimento e aproveitava momentos de distração para entrar nos prédios. Em muitos casos, ele se aproveitava de portões abertos por moradores ou interfonava se passando por neto ou parente de alguém. Chegou a usar disfarces como peruca, quipá e acessórios religiosos para parecer integrado ao ambiente. Quando interpelado, era convincente e até intimidador.
“Boa aparência, bem desinibido, aparentemente inofensivo. Ele se portava como um garoto rico”, disse o delegado Fabio Sandrin. “Ele falava: ‘meu pai vai te mandar embora’. Muitos porteiros se retraem e cedem”, completou.
O adolescente também fingia estar saindo de aplicativos de transporte, acenava para a guarita e não se apresentava formalmente. Em outros casos, contava com a ajuda de comparsas do lado de fora para forçar a entrada.
Como evitar este tipo de crime
Casos como esse expõem fragilidades comuns nos sistemas de segurança condominial. Segundo o advogado Márcio Rachkorsky, especialista em condomínios, algumas medidas simples podem reduzir significativamente o risco:
1. Oriente moradores a não permitirem acesso a terceiros
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2. Reforce o treinamento dos porteiros
Síndicos devem garantir que os funcionários estejam preparados para lidar com situações de pressão e tenham respaldo para negar acesso em caso de dúvida. O porteiro precisa ter autoridade e apoio da gestão do condomínio.
3. Padronize regras de identificação
Todos os visitantes devem ser devidamente identificados e autorizados por moradores. Alegações como “sou neto da dona Maria” não devem bastar. Mesmo pessoas bem vestidas e com boa lábia precisam seguir o protocolo.
4. Use a tecnologia a seu favor
Condomínios podem investir em câmeras com inteligência artificial, controle de acesso com biometria, portões com abertura dupla e sistemas de monitoramento em tempo real.
5. Mantenha boa comunicação entre moradores, síndico e portaria
Alertas sobre movimentações suspeitas, reforço de procedimentos e reuniões periódicas ajudam a manter todos atentos. A segurança começa com o comprometimento coletivo.
“O que acontece na prática é que os porteiros tomam carteirada o tempo todo. É preciso dar respaldo para que sigam o procedimento correto”, afirma Márcio Rachkorsky.
Adolescente que se passava por morador invadiu e furtou ao menos 40 apartamentos de luxo
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