A partir de hoje, terça-feira (1º de julho), entra em vigor o novo salário mínimo estadual em São Paulo, fixado em R$ 1.804. O reajuste representa um aumento de 10% em relação ao valor anterior, que era de R$ 1.640. Com essa atualização, o piso paulista se consolida como um dos mais altos do país e supera em quase 50% o salário mínimo nacional vigente em 2025, atualmente de R$ 1.412.
A nova remuneração mínima foi oficializada após aprovação pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A medida integra a política estadual de valorização do trabalho e afeta diretamente trabalhadores que não possuem piso salarial definido por leis federais, convenções coletivas ou acordos sindicais.
Mais de 70 categorias impactadas
O novo valor de R$ 1.804 impacta mais de 70 categorias profissionais, entre elas empregados domésticos, trabalhadores rurais, auxiliares de serviços gerais, cuidadores, atendentes de lojas, balconistas, porteiros, entre outros segmentos cuja remuneração costuma ser vinculada ao piso estadual.
Essas categorias, por não estarem protegidas por convenções coletivas específicas, têm o salário mínimo estadual como referência obrigatória de remuneração mínima. O reajuste garante ganho real de poder de compra, principalmente diante da inflação acumulada dos últimos 12 meses, que gira em torno de 4,5% segundo o IPCA.
Comparativo com o salário mínimo nacional
O novo salário paulista ultrapassa em R$ 392 o salário mínimo nacional, atualmente em R$ 1.412. Essa diferença reflete o custo de vida mais elevado no estado de São Paulo, especialmente em regiões metropolitanas como a Grande São Paulo, Campinas e Baixada Santista. O governo estadual reforça que a medida visa diminuir desigualdades regionais e garantir uma remuneração mais justa aos trabalhadores paulistas.
Política permanente de valorização
Segundo o governo estadual, o piso será revisado periodicamente para acompanhar o desempenho da economia e a variação do custo de vida. O reajuste atual é considerado o maior aumento em termos reais desde 2019. A política salarial de São Paulo tem sido tratada como um diferencial regional e também como instrumento de combate à informalidade e à precarização do trabalho.
Para os empregadores, o novo valor já deve ser aplicado nas folhas de pagamento referentes ao mês de julho. A fiscalização fica a cargo da Superintendência Regional do Trabalho, e empresas que descumprirem o novo mínimo poderão ser penalizadas.
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