O cooperativismo mineiro não para de crescer e tem se destacado não apenas pelo impacto econômico, mas também pela transformação de realidades. De acordo com o Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro, divulgado pelo Sistema Ocemg nesta terça-feira (1°), Minas Gerais tem atualmente 800 cooperativas que empregam 61,3 mil pessoas com carteira assinada. Além disso, o salário médio desses trabalhadores chega a R$ 3.724,46, o que representa um valor 35,6% acima da média salarial do estado.
Só no ano passado, o setor gerou 3.889 novos postos de trabalho e vem se tornando cada vez mais parte da rotina dos mineiros. O levantamento destaca que 52,7% da população de Minas Gerais está direta ou indiretamente ligada ao setor, o que representa aproximadamente 3,7 milhões de pessoas. “Quando dizemos que o cooperativismo é uma rede de oportunidades, estamos falando de gente de todas as regiões, de todos os tamanhos de município, trabalhando em conjunto. Hoje, um a cada dois mineiros já abraçou o Coop”, afirma o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, decano do cooperativismo brasileiro.
Importância para a economia
Além da geração de empregos, o cooperativismo tem impulsionado a economia mineira em ritmo acelerado. Em 2024, as cooperativas movimentaram R$ 157,8 bilhões, um salto de 21,7% em relação ao ano anterior, o que representa R$ 28,8 bilhões a mais em riquezas circulando no estado. Com esse desempenho, o setor já responde por 14,9% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais. “O setor cresceu em movimentação econômica, em número de cooperados, em empregos gerados e em presença territorial. Isso só reforça que o outro nome do cooperativismo é desenvolvimento socioeconômico”, completa Scucato.
O desempenho chama atenção principalmente quando comparado ao restante da economia mineira. Enquanto os setores tradicionais, como serviços, indústria e agropecuária, avançaram entre 3% e 4% no período, o cooperativismo cresceu quase sete vezes mais, impulsionado, principalmente, pelos ramos de crédito, agropecuária, transporte e energia.
Transformando realidades
Em 2024, o BHAZ percorreu bairros de Belo Horizonte para conhecer de perto o impacto das cooperativas na vida das pessoas. Em uma reportagem especial, mostramos como iniciativas como a Sabor do Canto, no Centro-Sul da capital, ajudam ex-moradores de rua e egressos do sistema prisional a recomeçarem suas trajetórias, com trabalho digno e renda fixa.
A reportagem também visitou o Coopsol Leste, na região Leste de BH, onde catadores e catadoras transformam o que seria lixo em renda, dignidade e respeito. Essa coletânea de histórias comprovam que, por trás dos dados positivos das cooperativas, existem também vidas sendo reconstruídas e comunidades inteiras se fortalecendo.
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